“The Post” é o novo filme de Steven Spielberg e conta com Meryl Streep e Tom Hanks nos papéis principais.
Baseado numa história verídica, este é um drama que se centra na improvável parceria entre Katharine Graham, a primeira mulher na liderança de um dos principais jornais norte-americanos – o Washington Post – e Ben Bradlee, o editor do jornal, na corrida com o New York Times para expor um dos maiores segredos governamentais, relacionado com os Pentagon Papers que mostram que vários presidentes americanos mentiram sobre a Guerra do Vietname. A divulgação deste segredo resultará num grande escândalo.
“The Post” mostra-nos, acima de tudo, o Poder do Jornalismo e homenageia a liberdade de imprensa. Ao vermos este filme, é inevitável fazer um paralelo com a atualidade.
O filme é precisamente sobre as repercussões que as notícias podem ter e reflete sobre se publicar algo secreto é ou não o correto. Por isso, o clima do filme é maioritariamente de tensão, com muitos encontros discretos e muitos telefonemas, que nos levam a sentir a dedicação dos jornalistas do The Post e a determinação de Katharine Graham.
Ao longo da trama podemos ver um grande desenvolvimento da personagem de Meryl Streep, que no início é uma mulher um pouco tímida e no final compromete-se (e ao seu jornal) quando decide publicar as provas que põem em causa o Governo. Torna-se numa personagem muito forte e numa verdadeira fonte de inspiração. Por sua vez, Tom Hanks interpreta aqui o jornalista que a incentiva. No final do filme sentimos que gostaríamos que existissem mais cenas somente com estes dois, para que fosse possível ver ainda uma maior interação entre eles.
Talvez por ter grandes nomes a ele associados (Spielberg, Streep e Hanks), levamos grandes expectativas para o “The Post” e podemos sair das salas de cinema a achar que o filme não é tão bom quanto esperado. Mas, ainda assim, é um filme excelente.