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Crítica Cinema – ‘Ready Player One – Jogador 1’ (2018)

Crítica Cinema – ‘Ready Player One – Jogador 1’ (2018)

Ready Player One é o novo filme de Steven Spielberg, inspirado no bestseller com o mesmo nome, da autoria de Ernest Cline. Uma grande aventura geek, que se desenrola num mundo de realidade virtual, cheia de referências à cultura pop dos anos 80, que certamente vai encher de nostalgia os maiores nerds fanáticos pelo cinema e pelos videojogos. Um enredo consistente e bem desenvolvido, fruto de mais uma boa realização por parte do cineasta, e um argumento bastante bom de Zack Penn e do próprio autor do livro.

Em 2045, a humanidade já quase não vive no mundo real, estando completamente viciada num jogo online de realidade virtual, intitulado de OASIS, em que todos podem ser o que não são. Spielberg consegue adicionar mais uma boa aventura à sua filmografia, apresentando um filme bem desenvolvido e estruturado, em que cada momento no mundo virtual, bem como cada sequência na vida real, é enriquecido por um deslumbre de efeitos visuais, cores e elementos retro referentes ao cinema, música e videojogos dos anos 80.

Muitas são as adaptações cinematográficas que vemos hoje em dia no cinema. Por vezes, é evidente uma certa dificuldade em gerir todos os elementos de uma história já contada, que tem o seu desenvolvimento próprio e uma estrutura já definida. No entanto, este não é o caso. O argumento apresenta uma consistência que faz com que o enredo se concretize de forma eficaz. O facto de o próprio autor da obra literária estar envolvido na escrita do argumento, definitivamente beneficia o filme.

Esta é uma possibilidade que nasceu a partir do mundo e da tecnologia que conhecemos hoje. Por isso, está também presente alguma crítica social relativa ao mundo digital que domina os nossos dias, e a nossa quase dependência do mesmo. Alguns breves momentos são inseridos, principalmente no inicio do filme, para melhorar a caracterização da sociedade representada. Apesar de tudo, o filme teria sido favorecido se esta abordagem não fosse tão superficial, e os comentários à sociedade fossem um pouco mais desenvolvidos, ainda que em demasia pudessem prejudicar o enredo.

Ready Player One – Jogador 1 é uma autêntica aventura num frenético e gigantesco universo de realidade virtual, através do qual quase toda a população substitui a vida real. Steven Spielberg apresenta uma realização bastante boa que, aliada a um argumento bem desenvolvido e estruturado, é capaz de contar uma história de forma consistente, bem direcionada, empolgante e envolvente, principalmente para quem se deliciar com as infinitas referências ao cinema, aos videojogos, à música e à cultura pop. Mesmo não sendo dos melhores filmes da carreira do cineasta – apesar de tudo, não chega a elevar-se ao ponto de se destacar na filmografia de Spielberg – Ready Player One merece ser visto em toda a experiência de sala de cinema, com ecrã grande e bom sistema de som, de preferência em IMAX, de óculos 3D postos, como se também nós fossemos entrar no OASIS.

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