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Crítica – The Incredibles 2: Os Super-Heróis (2018)

Crítica – The Incredibles 2: Os Super-Heróis (2018)

Depois de 14 longos anos de espera, a sequela de The Incredibles (2004), está finalmente a chegar até nós. A família de super-heróis da Disney Pixar regressa aos grandes ecrãs, uma vez mais sob a realização de Brad Bird. The Incredibles 2: Os Super-Heróis traz-nos uma segunda aventura de super-poderes, em que o poder da família é o mais importante, conseguindo na perfeição ser tão boa como a primeira.

O filme começa exactamente onde o primeiro deixou milhares de fãs, mas a verdadeira aventura só começa quando Helena recebe uma oportunidade única de regressar aos seus anos de glória enquanto Mulher-Elástica. Simultaneamente, Roberto Pêra, também conhecido como Sr. Incrível, confronta-se com um novo desafio: cuidar da casa e dos filhos. O enredo traz-nos esta inversão de papéis familiares, muito próprios dos anos que vivemos. A aposta da Pixar nesta nova representação dos estereótipos de género torna a história mais cativante, ainda que seja pertinente para Hollywood a abordagem destas questões nos filmes de grandes bilheteiras, dadas as recentes polémicas. Apesar de tudo, não deixa de ser uma excelente aposta, pois vem renovar a história já conhecida.

Brad Bird executa uma vez mais uma realização bastante boa, partindo de um argumento da sua autoria, muito bem desenvolvido. As sequências de acção são bem construídas, nunca sendo demasiado rápidas nem desnecessariamente longas. A animação é fantástica, como já é habitual nos filmes da Pixar dos últimos anos, mas quando comparada à do primeiro filme é fácil notar uma grande evolução na técnica.

Para além disto, o argumento, a realização e a montagem articulam muito bem os momentos de acção e de comédia. A acção, como já foi referido anteriormente, está muito bem conseguida. Os momentos de comédia, que estão em grande parte associados a Roberto, Violeta, Flecha e Zé Zé (em casa), estão também muito bem escritos. As piadas nunca são uma constante exagerada, sendo ditas nos momentos certos, de forma acertada e agradável. Alguns momentos mais dramáticos criam um equilíbrio entre estas duas dimensões.

Talvez o único defeito que se possa apontar ao filme é o facto de o vilão desta nova história não seja tão forte, enquanto personagem e em termos de densidade psicológica, quanto o do primeiro filme, Síndrome. Ainda assim, nada disto prejudica o sucesso do enredo em reavivar toda a história e personagens já conhecidas. Esta não é uma sequela típica da Disney Pixar, feita um ano depois do primeiro filme, em que o único propósito é fazer mais dinheiro. É sim uma nova história que faz sentido existir, que foi desenvolvida pelo amor às personagens e nem tanto aos lucros.

The Incredibles 2: Os Super-Heróis faz valer a pena os 14 anos de espera. Uma nova história vem trazer de volta a família de super-heróis que apaixonou as crianças da altura, e que definitivamente vai satisfazer as de hoje, bem como os agora adultos que viram o filme de 2004. Brad Bird constrói uma sequela bastante sólida, em que a acção e a comédia estão muito bem articulados, nunca se sobrepondo uma à outra, nem criando momentos de acção arrastados, nem de comédia demasiado pateta. Bird consegue contar uma história de novos papéis familiares, que entretém os mais jovens, mas com a maturidade suficiente para não criar um espectáculo de animação superficial para crianças e dar profundidade a uma história Incrível.

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