Crítica – Sete Estranhos no El Royale (2018)

Sete Estranhos no El Royale é o novo filme de Drew Goddard, protagonizado por Jeff Bridges, Cynthia Erivo, Dakota Johnson, Jon Hamm, Chris Hemsworth, Cailee Spaeny e Lewis Pullman. Uma história intrigante, bem desenvolvida e com boas actuações, que cria um filme coeso, divertido e cativante.

Sete estranhos encontram-se no El Royale de Lake Tahoe, um hotel decadente com um passado sombrio, dividido a meio pela fronteira entre dois estados: California e Nevada. O argumento desenvolve muito bem o enredo, que poderia facilmente ser prejudicado pela estrutura da narrativa, que é dividida em capítulos. No entanto, o que acaba por acontecer é uma fluidez de acontecimentos, “flashbacks” e “plot twists” que em vez de tornarem a trama confusa, ou fragmentada, fazem dela algo muito bem estruturado, com a coerência e coesão necessária para contar uma história de forma inteligente, intrigante e envolvente.

É feita a junção de um elenco bastante carismático. Cada um interpreta personagens estranhas, que aparentam ter alguma coisa a esconder dos outros. Numa noite, em que tudo começa a correr mal, todos terão uma última oportunidade de se redimir. Os diálogos muito bem escritos abrem caminho para as boas interpretações dos actores, não havendo nenhuma actuação que se sobreponha às outras. Tudo é equilibrado e bem gerido, de modo a que todas as personagens tenham o seu espaço e a sua importância. No fim, todas as perguntas que vão sendo deixadas pelo caminho encontram as respectivas respostas, não havendo pontas soltas nem incoerências.

Sete Estranhos no El Royale é um filme muito bem escrito e realizado, complementado com um elenco de grande carisma. Todos os actores desempenham um papel bastante bom, cujas personagens têm o espaço necessário para brilhar. Um argumento inteligente e bem desenvolvido é o grande alicerce do sucesso do filme. A história é enriquecida por uma estrutura narrativa muito bem gerida e encaminhada, em que a manipulação da linha cronológica favorece o enredo e a forma como este é recebido pelo espectador.