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Crítica – O Primeiro Homem na Lua (2018)

Crítica – O Primeiro Homem na Lua (2018)

O Primeiro Homem na Lua é o novo filme de Damien Chazelle, protagonizado por Ryan Gosling e Claire Foy. Um retrato cinematográfico sobre a ida de Neil Armstrong à lua, que olha não só para os factos históricos, mas também para uma dimensão mais íntima da vida do astronauta.

Inspirado no livro de James R. Hansen, a vida de Armstrong é analisada ao pormenor, passando por todas as suas conquistas, sacrifícios e traumas, com o intuito de melhor contar o acontecimento histórico da chegada do Homem à lua. Este é um dos melhores aspectos do filme: um relato histórico e biográfico que ganha imensa substância ao se apoiar numa base de “storytelling” que explora a vida familiar do astronauta, que estava longe de ser perfeita e tranquila. Contudo, o argumento é um pouco confuso no que toca a saltos temporais, afectando um pouco a fluidez da narrativa. 

Os problemas familiares levam a entender melhor as motivações e os comportamentos da personagem principal, aprofundando a sua dimensão psicológica e exigindo muito trabalho de actor. Ryan Gosling assume muito bem o seu papel, recorrendo a uma actuação estável e serena (como já é habitual na sua carreira), bastante linear, profunda, delicada e emocional, mas sem excessos. Claire Foy desenvolve também um trabalho muito bom, estando na posição da mulher sobre a qual recaem todas as tarefas, problemas e sobrecargas emocionais.

No entanto, quando não estamos numa sequência sobre o contexto familiar de Armstrong, passamos por experiências sensoriais de grande adrenalina dentro de um foguetão, que geralmente apelam facilmente às massas e ajudam na venda de bilhetes, mas que aqui se tornam bastante claustrofóbicas e extremamente ensurdecedoras. O objectivo é colocar espectador na perspectiva de quem viveu a situação, mas são excessos de que o filme não precisa. Apesar de tudo, a realização de Chazelle é bem executada e a fotografia do filme, da autoria de Linus Sandgren, é surpreendente. O filme tem uma estética típica dos anos 60, com imagens cheias de grão e cores fortes que embelezam o enredo. 

O Primeiro Homem na Lua conta uma história já conhecida de forma mais aprofundada e emotiva. A vida e os feitos de Neil Armstrong são retratados, bem como o seu passado de grandes dificuldades emocionais, por meio de uma boa realização e excelentes actuações do elenco principal. Acaba por ser uma história bem contada e desenvolvida, mas com exageros desnecessários.

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