Homem-Aranha: No Universo Aranha é o novo filme de Bob Persichetti, Peter Ramsey e Rodney Rothman, que vem alargar o vasto universo do Homem-Aranha, desta vez em animação. Um filme bastante divertido, cheio de humor, cor e criatividade, que apresenta personagens bastante carismáticas, mas que acaba por ficar tudo em demasia.
Depois de ser mordido por uma aranha, o adolescente Miles Morales torna-se no Homem-Aranha da sua cidade e une-se às versões do super-herói de outras dimensões, abrindo um mar de possibilidades do Universo Aranha, onde mais do que uma pessoa pode usar a máscara. Esta é sem dúvida uma lufada de ar fresco para a personagem, que já tantas vezes foi retratada no grande ecrã. A construção de um cenário colorido, com um belíssimo trabalho de animação, enriquece em muito este filme, pois cria algo inovador e muito original, permitindo que este se destaque de entre tudo o que já foi feito no passado. O argumento desenvolve uma história bastante cativante e muito bem contada, com personagens bem concebidas a nível psicológico.
O tom e o ritmo do enredo são bastante bem geridos. Nada é apressado ou forçado, acabando por haver uma lógica coerente para tudo. No entanto, a partir de um determinado momento do filme, há uma sensação de excesso no ar, que apesar de não prejudicar o filme de forma grave, quebra um pouco a fluidez da trama. Demasiadas personagens são introduzidas, sendo que metade não têm grande importância para a história.
Homem-Aranha: No Universo Aranha é sem dúvida um filme diferente e inovador para o historial do Homem-Aranha. A animação é fantástica, acompanhada por um argumento que constrói um enredo muito bem estruturado, com personagens muito bem desenvolvidas. Contudo, à medida que somos encaminhados para o fim, há uma sensação de demasia no que toca a personagens e “subplots”. Ainda assim, o que de melhor é feito aqui é a abertura de um novo caminho para os filmes da Sony sobre o super-herói, deixando a espectativa de um futuro cinematográfico muito interessante.