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Crítica Cinema – “Hereditário” (Hereditary)

Crítica Cinema – “Hereditário” (Hereditary)

Depois de no mês passado “Um Lugar Silencioso” ter subido a fasquia no que toca a filmes de Terror, chega agora “Hereditário”, o primeiro grande filme do realizador Ari Aster, que até agora apenas tinha feito curta-metragens.

A história do filme acompanha uma família depois da morte da avó materna. Charlie (interpretada por Milly Shapiro) é a neta que via na avó uma grande amiga que cuidava dela, mas é também uma criança diferente e especial. Peter (Alex Wolff) é o irmão mais velho, que nunca foi muito chegado à avó e por isso não sofreu muito com esta perda. Annie (Toni Colette) é a mãe que adora os filhos, mas que passa os dias a fabricar miniaturas e por isso não lhes dá a devida atenção. Esta podia ser uma família normal, no entanto, precisamente depois da morte da matriarca, começam a acontecer coisas estranhas a esta família, que levam a desenvolvimentos ainda mais estranhos, como presenças demoníacas e mortes inesperadas.

Este é um filme que começa num ritmo lento, mas à medida que avança vai ganhando mais suspense. O primeiro ato é calmo, mas necessário para situar o espectador. É precisamente aqui que “Hereditário” é diferente. Este é um filme que nos primeiros minutos consegue levar as audiências para dentro da ação, mostrando algo que já aconteceu a muita gente: uma tragédia familiar. Assim, o filme consegue tornar-se mais real e é isso que faz com que mais tarde, no terceiro ato, se torne realmente arrepiante.

Não sendo um filme com os típicos jump scares dos filmes deste género, “Hereditário” consegue usar o horror de uma maneira muito boa, capaz de deixar o espectador com calafrios. Não assusta pelo inesperado, mas sim pela presença constante de algo que não temos bem a certeza se estamos a ver. Sim, neste filme existem muitas coisas penduradas nos cantos das paredes, mas na maioria das vezes não conseguimos perceber o que é. O trabalho dedicado à luminosidade permite isso: enganar os nossos olhares e provocar em nós sensações iguais às que por vezes sentimos quando pensamos que alguém nos está a observar à noite.

Relativamente às prestações, é de referir a fantástica interpretação de Toni Colette, que traz uma intensidade notável para a sua personagem. Por sua vez, também Milly Shapiro, a jovem que interpreta Charlie, merece destaque, pois muitos dos momentos mais arrepiantes do filme são em torno da sua personagem.

Por fim, resta apenas recomendar que o espectador veja “Hereditário” sem ter conhecimento algum sobre o que se trata. Se formos de mente aberta para este filme, torna-se numa experiência única e aterrorizante no cinema.

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