Em conferencia de imprensa, realizada hoje, a direção do Belenenses anunciou ter apresentado um requerimento para a criação de um tribunal arbitral para ver restituído e reconhecido o direito do clube em exercer a recompra da SAD, que tem a gestão do futebol profissional.
“No dia 18 de junho, fizemos um requerimento no Tribunal do Comércio de Lisboa, para que seja constituído um tribunal arbitral, para ver restituída e reconhecida a opção de compra da SAD e a fixação do preço”, afirmou o presidente dos ‘azuis’, Patrick Morais de Carvalho, reforçando, desta forma, o que já tinha antecipado em abril.
O líder do clube do Restelo, que falava em conferência de imprensa, criticou a resolução unilateral do acordo parassocial por parte da Codecity Sports Management, de Rui Pedro Soares, considerando que se tratou de um ato “ilegal, com o objetivo de impedir o clube de acionar a opção de compra”.
“A opção de compra era condição essencial para assinar o contrato de compra e venda entre clube e Codecity [em 2012]. Não temos dúvidas de que a razão está do nosso lado. O próximo campeonato será o último em que este acionista estará à frente do nosso futebol profissional”, referiu.
Patrick Morais de Carvalho frisou que o clube “fará o que for necessário” para recuperar a gestão do futebol profissional, “seja qual for o valor determinado e desde que seja justo para ambas as partes”.
Assim que o Tribunal do Comércio de Lisboa constituir um tribunal arbitral, o mesmo deverá levar cerca de seis meses a emitir um parecer sobre esta situação.
A opção de recompra da SAD por parte do clube deverá ser exercida entre outubro de 2017 e janeiro de 2018.
Por outro lado, o presidente do Belenenses revelou que, até à marcação desta conferência de imprensa, a SAD devia 45 meses de pagamento de eletricidade, água e gás, sendo que, nos dois últimos dias liquidou cinco meses.