Passados sensivelmente 5 anos do lançamento de Bravely Second: End Layer na Nintendo 3DS, eis que chega à Nintendo Switch, Bravely Default 2. Mas será que a espera valeu a pena?
Análise feita por: António Moura
A série da Square Enix voltou passado 5 anos (ao menos, não foi mais de uma década sem um jogo da série principal como em Kingdom Hearts, não é Square?) e, tenho que assumir que inicialmente estava com algumas reservas sobre este Bravely Default 2. A verdade é que, quando foi anunciado o estado de euforia por um novo JRPG foi óbvio, mas, rapidamente se desvaneceu quando a demo surgiu na eShop. Parecia que estava tudo errado, não existia ponta por onde lhe pegar. Não dava sequer, o sentimento de que estavamos a jogar um JRPG que tinha potencial para ficar na história da Nintendo Switch, ao lado de jogos como Legend of Zelda: Breath of the Wild ou, até mesmo, Fire Emblem: Three Houses.
Na realidade, estava completamente errado o meu pensamento. Mal liguei a consola e comecei a jogar esta aventura, fiquei completamente apaixonado. Especialmente pela arte do jogo. Sim, estamos perante personagens bastante chibi, mas, ao mesmo tempo, todo o cenário faz o jogador querer que os reinos que compõe Excillant fossem reais. Sou suspeito, por gostar bastante dos JRPG que a Square Enix desenvolve mas, ao mesmo tempo, sinto que já não via locais tão bem representados, desde Final Fantasy 7 Remake. São tipos de locais diferentes, mas, ao mesmo tempo são um deleite para os olhos do jogador. Mesmo as personagens, são bastante agradáveis de se jogar e de se conhecer, especialmente os nossos grandes Heroes of Light. Estas quatro personagens acompanham-nos ao longo da nossa jornada em Bravely Default, mas vale completamente a pena termos a presença deles, já que cada vez que damos dois passos descobrimos algo novo, seja em história do jogo, como em pequenas conversas que têm entre si, tornando a dinâmica da equipa ainda mais divertida do que poderiamos esperar.
Por outro lado, o combate em si também é bastante interessante. Todos sabemos que, na maioria dos JRPG, o combate é por turnos e envolvem bastante estratégia entre eles. No entanto, a forma como tal acontece em Bravely Default é uma formula clássica, acompanhada de bizarrias. Os sistemas de Brave e Default são fantásticos! Isto porque podemos adotar uma posição defensiva para depois utilizarmos noutra altura quando sentirmos necessidade. Por exemplo, se estivermos numa alhada e uma das nossas personagens tiver utilizado o comando Default 5 vezes, podemos atacar 5 vezes o nosso inimigo para acabar o combate mais rápidamente, ou, podemos utilizar essas 5 oportunidades para curar os nossos companheiros de combate. Existem várias opções e, ao mesmo tempo, toda uma estratégia de como aplicar todos estes comandos que temos à nossa disponibilidade. Também existe um sistema de classes fantástico, através da forma dos Asterisks, que servem para podermos trocar de classe a qualquer momento, dando assim uma maior diversidade ao nosso leque de personagens e ataques, já que, por vezes, pode ser necessário fazer várias escolhas muito precisas.
Finalmente, gostava de falar da história. Atenção, ela não é má, mas, ao mesmo tempo e a par com a banda sonora é demasiado clichê. São aqueles momentos épicos bem colocados mas, não existe grande expectativa para eles devido à forma como construiram a história. Ai que o mundo está em crise e roubaram algo importante. Estamos condenados! Quem nos vai salvar? Vão ser aqueles quatro individuos que se juntaram de forma aparentemente aleatória. Não parece que já ouvimos esta história demasiadas vezes? Se calhar, um pouco mais de empenho nesta àrea e, todo o jogo estaria em ponto rebuçado.
Resta concluir que, Bravely Default 2 fez com que a espera contasse, muito pelas suas boas personagens e pelo seu estilo de combate fantásticos e henriquecedor. Se não fosse pela história, estariamos perante um jogo de enorme calibre. No entanto, por conta da história fraca, estamos apenas perante um bom jogo, que num dia bom é um grande jogo.
Bravely Default 2 (Nintendo Switch) | Análise Gaming
Quatro cristais. Quatro heróis. Uma aventura lendária. A natureza está fora de controlo e o vasto mundo de Excillant à beira do colapso. Mas nem tudo está perdido. Junta-te aos Heróis da Luz na sua luta por reestabelecer o equilíbrio dos elementos. Entra dentro desta aventura de RPG dos criadores de Final Fantasy com uma inovadora volta de parafuso à fórmula clássica de combates por turnos. Executa ataques devastadores à custa de futuros turnos ou mantém a defesa para usar esses turnos mais à frente. Manter um equilíbrio entre jogar pelo seguro ou colocar em marcha estratégias arriscadas que te proporcionarão novas opções para fazer frente a todo o tipo de inimigos
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