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“Vir para o Belenenses, foi um sonho tornado realidade”

“Vir para o Belenenses, foi um sonho tornado realidade”

Depois da entrevista a Fernando Ferreira, o Cartão Amarelo Direto (CAD) entrevistou agora Gonçalo Silva (GS).

O central ao serviço do Belenenses aborda a sua chegada ao futebol profissional e ao Belenenses, bem como as suas expectativas para a época que se aproxima.

CAD- Fizeste a tua formação no Barreirense, como foram esses tempos?
GS- É verdade, passei 10 anos da minha vida no barreirense, foi lá que cresci como jogador, mas principalmente como homem! Aprendi valores que levo para o resto da vida e amizades também. Foram tempos bons, apesar de jogarmos no pelado, quando somos crianças e jovens queremos é jogar e divertir-nos a fazer aquilo que mais gostamos. As recordações são praticamente todas boas, e até as menos boas relembro com agrado pois ajudaram-me a crescer. É um clube que vou levar sempre no meu coração!

CAD- De seguida foste para o Lousada, como foi essa experiência?
GS- Foi o meu primeiro ano como profissional e não podia ter pedido melhor, estava emprestado pelo Vitória SC, fazer 28 jogos foi excelente, e jogar com jogadores mais experientes foi também importante para a minha aprendizagem.

CAD- E foi o suficiente para teres um convite do Atlético… Ficaste surpreendido por chegares tão rápido a um clube histórico?
GS- Sinceramente esperava poder ter a possibilidade de jogar na 2ª liga nesse ano, e o convite do Atlético foi mesmo o ideal, um clube histórico de pessoas humildes, e onde mais uma vez fiz uma boa época, foi uma 1ª época positiva em campeonatos profissionais.

CAD- E um ano no Atlético chegou para saltares para o Braga, por onde andaste mais na Equipa B, confirmas que estas são benéficas para o crescimento de um jovem futebolista?
GS- Sim claro que confirmo, é sempre bom para um jovem futebolista poder jogar num campeonato profissional, e as equipas B dão essa possibilidade que seria mais difícil de acontecer se estas não existissem. Ainda para mais num clube com as condições do Braga, os jovens têm tudo para crescer e serem melhores a cada dia, embora não seja assim tão fácil a transição para a equipa principal como às vezes as pessoas idealizam.

CAD- Na equipa principal do Braga fizeste apenas um jogo, para a Taça da Liga, a sensação de diferença entre a equipa A e equipa B é realmente muito grande?
GS- Sim em 3 épocas no Braga fiz apenas 1 jogo pela equipa A, e isso por si só já diz alguma coisa. Sem dúvida que a diferença é muito grande mesmo, desde logo pela qualidade que existe nos treinos e nos jogos, que é muito elevada, a exigência é muito maior e só assim é que faz sentido. E era bom que todos os jogadores das equipas B pudessem ter “contacto” com a equipa principal porque isso só abona a favor do crescimento dos jovens.

CAD- Terminou a época e foste para o Restelo, onde te estreaste na Primeira Liga e na Liga Europa! Como avalias este ano em termos individuais?
GS- Só posso avaliar de maneira positiva, vir para um clube com a dimensão do Belenenses, estrear-me na Primeira liga e na Liga Europa, posso dizer que foi um sonho tornado realidade por todos esses aspetos que referi. É algo que queria muito alcançar e graças a Deus apareceu na altura certa, só posso estar feliz pela forma como me correu a época, sabia que ia ser difícil, vinha da 2ª liga e tinha muito que aprender mas com os treinos fui evoluindo e as oportunidades foram aparecendo, o que me deixou bastante contente.

CAD- E em termos coletivos?
GS- Todos nós somos ambiciosos e queremos sempre mais, só assim faz sentido estar no mundo do futebol. Conseguimos a manutenção a algumas jornadas do fim e isso foi bom, penso que nos faltou um pouco de sorte em alguns momentos chave, o que nos impossibilitou de ficar uns lugares mais acima. Mas em termos gerais penso que foi boa.

CAD- Como jogador do Belenenses como tens vivido a situação de conflito entre o Clube e a SAD? É algo que vos passa ao lado?
GS- Só posso dizer que desde que cheguei, a SAD fez tudo para que nós jogadores tivéssemos as melhores condições para fazer o nosso trabalho, e penso que isso é o mais importante, é nisso que nós temos que nos focar, e é o que fazemos.

CAD- Quais as expectativas para a época que se avizinha?
GS- As expectativas são boas, fazer uma boa pré-época, continuar a crescer e a evoluir para poder estar bem para ajudar a equipa a alcançar todos os nossos objetivos. E tenho a certeza que os vamos atingir, com muito trabalho mas sempre decididos e ambiciosos.

CAD- Para terminar, fora de campo quais são os teus hobbies?
GS- Gosto muito de estar com a minha família e amigos, e estar aqui perto de casa é muito bom também por isso. Jogo PlayStation e gosto de ver os treinos e os jogos de futebol dos meus meninos (primo, sobrinhos e afilhado). Entre outras coisas!

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