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Baroness em Lisboa – Um concerto acústico com muito headbanging

Baroness em Lisboa – Um concerto acústico com muito headbanging

Na semana passada os Baroness subiram a palco do Lisboa ao Vivo, mas em formato trio e em acústico. Algo diferente daquilo a que os fãs estão habituados. Saiba como correu o concerto.

2 anos após a sua primeira presença na capital portuguesa, os Baroness marcaram nova visita a Lisboa para fechar a digressão de apresentação do álbum “Purple”. Mas poucos dias antes da nova passagem por Lisboa, a banda anunciou que por motivos familiares o baterista Sebastian Thomson não se iria apresentar em palco, levando a que o concerto no Lisboa ao Vivo mudasse de figurino. A banda seria constituída por três membros apenas, John Baizley (vocalista e guitarrista), Nick Jost (baixista) e Gina Gleason (guitarrista). E como é difícil tocar as músicas de Baroness sem bateria, a banda decidiu apresentar-se em formato acústico, arranjando novas “roupagens” para a maior parte das suas faixas.

Começando o alinhamento com “Foolsong”, uma escolha óbvia para o conceito de concerto que os Baroness iam entregar ao público, todos perceberam que o espectáculo a que iam ouvir e assistir seria muito diferente daquele que John Baizley apresentou no Paradise Garage em 2016. Apesar das comparações entre o concerto deste ano com o de 2016 serem injustas, a verdade é que apesar da banda ter tentado ao máximo tornar as suas músicas mais adequadas ao formato acústico, esta não foi a melhor forma de ver Baroness ao vivo.

“March to The Sea”, “Green Theme”, “Cocainium” e “Little Things” foram as faixas que se seguiram, todas do terceiro álbum da banda, editado em 2012, “Yellow & Green”. Apesar do formato acústico, foram muitos os presentes que se debruçarem no headbanging ao ritmo das melodias apresentadas pela banda californiana. O coro do público em músicas como “March to the Sea” e “Cocainium” veio dar uma sensação de comunhão entre público e banda, que é tão necessário em concertos acústicos.

Antes do primeiro tema de”Purple”, John falou um pouco com os espectadores, referindo que só desta vez tinha conseguido passear por Lisboa e que adorou a cidade, recontando também sua óptima experiência do concerto no Paradise Garage em 2016. Depois deu-se o melhor momento da noite com “If I Have to Wake Up (Would You Stop the Rain?)”, uma música de amor como o próprio assumiu, que foi escrita após o terrível acidente de viação que a banda sofreu em 2012. Eis que neste momento, tão pessoal para o próprio John Baizley, sentimos todos a dor pela qual passou mas também o amor por quem o ajudou naquele momento difícil.

Até final, foi repartida a atenção do alinhamento entre o “Purple” com “Fugue”, “Chlorine and Wine” e “Shock Me” e o “Yellow & Green” com “Eula” e “Board up The House”.

Portugal teve direito a uma apresentação especial dos Baroness na semana passada e que certamente ficará na memória dos presentes, banda incluída. E só por isso o concerto valeu a pena. Se é verdade que não foi o que estávamos à espera (devido à ausência do baterista),  assistimos a algo único, muito bem executado. Melhor ainda, os Baroness desta forma deverão regressar em breve ao nosso país para nos “compensarem” com uma actuação completa. Por nós, estão sempre à vontade para cá voltar.

SETLIST BARONESS

Foolsong
March to the Sea
Green Theme
Cocainium
Little Things
If I Have to Wake Up (Would You Stop the Rain?)
Fugue
Chlorine & Wine
Board Up the House
Eula
Shock Me

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