Luis Santos 
António Soares e Patrick Morais de Carvalho participaram ontem no “Hora Record” da CM TV no primeiro debate tendo em vista o ato eleitoral do próximo dia 18, que vai marcar uma nova era na vida do Belenenses. Evidente foi a existência de dois caminhos opostos. De um lado (Soares), a continuidade de uma política que visa manter a estabilidade; do outro (Carvalho), o aparecimento de um candidato que diz trazer inovação para transformar os azuis num clube mais dinâmico no futuro. Cabe aos sócios decidir.
Dos temas em debate, as relações entre a direção e a SAD, alguns aspetos da requalificação do complexo do Restelo, a formação e a questão do passivo foram os que mereceram mais atenção, e o antagonismo não podia ser maior. Patrick Morais de Carvalho, a quem coube a primeira intervenção, criticou a forma como a SAD “foi vendida por um valor irrisório – 500 euros –, humilhando todos os belenenses”, sublinhando que a sociedade “não pode ser recomprada, porque a atual direção fechou as janelas de oportunidade que abriam essa possibilidade”. Já António Soares lembrou que “o clube não tinha capacidade para injetar mais dinheiro na SAD, devido ao passivo elevadíssimo”, acrescentando que aos 500 euros “era preciso [somar] uma injeção de 2 milhões”, e reforçando a ideia de que “a recompra deve ser o objetivo de qualquer direção”.
Acusações e formação
O campo n.º 2, agora sintético, foi o ponto que mereceu mais discordância de parte a parte. Enquanto Patrick Morais de Carvalho acusou a direção de se “demitir de responsabilidades, entregando tudo a terceiros”, e adiantou que o projeto de requalificação proposto “irá demolir aquilo que foi agora inaugurado”, Soares lembrou que o seu elenco” melhorou infraestruturas completamente degradas há 4 anos”, garantindo o pagamento do campo com “receitas de gestão”.
Fonte: Record
