Na antevisão da partida, falou-se da ansiedade que o Penafiel poderia sentir no regresso à I Liga, oito anos após a última presença e, de facto, os jogadores de Ricardo Chéu acusaram o peso da estreia e perderam perante um Belenenses sempre mais tranquilo e frio na abordagem ao jogo. Tão frio que inaugurou o marcador na primeira iniciativa ofensiva e complicou ainda mais as contas à equipa da casa.
Atordoado, o Penafiel tentou responder, mas a esse esforço faltava clarividência e acerto no último terço do terreno. Aldair remava contra a maré e Ferreira tentava arrastar os companheiros para a frente, mas o Belenenses não demonstrava fragilidades. Sturgeon comandava a equipa, Miguel Rosa era um perigo à solta e Meira tratava de resolver qualquer incómodo que o Penafiel pudesse causar. Quando, finalmente, os recém-promovidos conseguiram assustar Matt Jones, João Afonso, na área, cortou com o braço um remate de João Martins, que não vacilou na marca de 11 metros. Respirou-se de alívio no 25 de Abril e o Penafiel animou. Perto do intervalo, o remate de Pedro Ribeiro passou a centímetros do poste, mas o Belenenses também deixou o aviso, num lance em que Coelho voou para negar o golo a JoãoAfonso.A abrir a segunda parte, o Penafiel viu-se no mesmo pesadelo, quando Deyverson cabeceou para golo, sem marcação. Ricardo Chéu arriscou, ao mudar para 3x4x3, e o Penafiel forçou o Belenenses a recuarum pouco as linhas, mas falhava sempre qualquer coisa no momento decisivo. Já em tempo de descontos,Guedes desmarcou-se e desviou a bola de Matt Jones, mas errou o alvo por centímetros.A seguir, Miguel Rosa deu o golpe de misericórdia.