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Análise Gaming – ‘Ni No Kuni II: Revenant Kingdom’

Análise Gaming – ‘Ni No Kuni II: Revenant Kingdom’

Ni No Kuni II: Revenant Kingdom é um RPG Japonês com os já esperados gráficos estilo anime. Normalmente este tipo de jogos foca o motor de combate de ataques por turno, mas Ni No Kuni 2 realmente acrescenta algo e consegue puxar alguns jogadores que não estão habituados a este tipo de jogo, mas obviamente também consegue afastar alguns dos fãs mais antigos.

Este jogo vem dos criadores de Dark Cloud e Professor Layton, portanto estes senhores sabem o que fazem.

Com uns gráficos soberbos feitos em colaboração com uns dos pioneiros do estilo, o Studio Ghibli, este jogo puxa a essência dos mais conhecidos open world, assim como um estilo também a lembrar um pouco o Zelda… principalmente na maneira como tratam os diálogos, com apenas ou ruídos ou uma palavra apenas, para dar ambiente, em vez de se ouvir a voz sempre. Não se deixem enganar pelos seus gráficos estilo cartoon, porque Ni No Kuni 2 consegue transmitir todo o poder da geração actual de video jogos. Apesar dos personagens 2D num mundo por natureza 3D, tudo entra num balanço perfeito e tu notas mesmo que o nível destes gráficos equivalem aos melhores gráfico dentro do género.

Aqui os personagens, por norma, são uma mistura de animais com humanos e começa num mundo fictício chamado de Ding Dong Dell. Nós jogamos com Evan, um personagem meio gato/meio homem e vamos explorar vários sítios.

Evan deveria ter sido declarado Rei, porque o seu pai era o antigo Rei, havia falecido. Porém, há um ataque e Evan tem de fugir, com a ajuda de Roland, um presidente de um país da Terra, que aparece no mundo de Ding Dong Dell depois de uma explosão que o fez misteriosamente viajar no tempo. Os primeiros momentos de jogo controlas sempre Roland e só depois de sair de Ding Dong Dell é que passas para o controlo do Evan.

Mesmo não tenho um reino para governar, Evan consegue arranjar bastantes seguidores com o objectivo de construir um reino onde todos vivam em paz.

Não vou adiantar muito a história para não criar spoilers… e visto que um dos fortes deste tipo de jogos é a história, não quero estragar a experiência!

Outro dos pontos fortes de Ni No Kuni 2 é, sem dúvida, as batalhas, onde defrontas uma enorme e considerável panóplia de monstros. Sendo este um bom JRPG, claro que também não vais sentir falta dos Quebra Cabeças, nem do teu squad de personagens que vais controlando (e que são mesmo  vários).

Em relação a estes personagens, sempre que precisas de lutar, podes usar apenas três. Além disso, este squad de lutadores começa logo desde o início e cabe a ti gerenciá-los do melhor modo possível, visto que cada um tem as suas especializações, e, com a experiência no jogo, vais ganhando ainda mais.

Como já tinha referido, este jogo acrescenta algo um pouco diferente do que normalmente se vê neste tipo de jogo. Ora esta novidade encontra-se na criação de feitiços e equipamentos mais complicados, que têm de entrar numa construção do teu reino ao nível de um civilization ou The Settlers, e assim ires fazendo crescer o teu exército e invadir os dungeons que, ao explorar, vais encontrando algum loot bastante interessante.

Quando apanhas um Boss então aí as coisas tomam outro nível! E posso dizer-vos que a experiência é muito, mas mesmo muito boa.

Ni No Kuni 2 apresenta um motor de combate extremamente básico, ainda mais fácil de controlar que 90% dos jogos do gênero, mesmo em relação ao Final Fantasy XV

Tens o ataque fraco e forte assim como ataques mágicos que te vão consumir energia, mas tudo muito intuitivo e muito rápido de aprender… faz lembrar um pouco o  Kingdom Hearts, e com uma rapidez fora do comum. As batalhas têm um certo grau de dificuldade, principalmente nos Bosses e é aí que vais ter de trabalhar bem com tudo o que apanhas durante a tua jornada.

Podes esperar um pouco de tudo durante o gameplay… desde stealth, como ir para cima deles com tudo, construção do teu reino… enfim, o jogo vai dando várias experiências diferentes e isso faz com que sintas que estás a jogar algo bem completo.

No fundo, estamos a falar de mais de 50 horas de gameplay, com muito por descobrir, com batalhas bastante intensas  e uma história interessante. Certamente que os fãs do anterior, se derem uma oportunidade ao jogo, não se vão arrepender… e acho também que este título vai trazer muitos novos fãs para o jogo. Se nunca jogaste o primeiro, também não há problema, porque este jogo tem muito poucas referências ao anterior. É diferente do anterior, mas penso que chega àquele nível em que tem de fazer parte da coleção de qualquer fã de um bom RPG.

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