Mais uma semana de Junho que nos aproxima do Verão e das tão desejadas férias! Ficam de seguida, uma selecção dos espectáculos que podem ser assistidos nestes dias de bom tempo.
Dia 18 e 19, Sara Barros Leitão apresenta Teoria das Três Idades no Teatro Rivoli, no Porto. A Teoria das Três Idades é o nome que se dá ao ciclo vital dos documentos. Partindo do arquivo do Teatro Experimental do Porto, abrimos gavetas, sacudimos o pó. Revisitamos recortes de jornal, tabelas de ensaio, cortes da censura, relatórios de contas, fotografias, gravações, programas de espetáculos… e, de repente, já não são só papéis. São histórias, são memórias, são pessoas. Uma produção do Teatro Experimental do Porto.
Dia 19, Cinderella estreia no São Luiz Teatro Municipal, em Lisboa. Um homem e uma mulher entram em cena vindos de lados opostos e aproximam-se um do outro, com cuidado e técnica numa pose extremamente romântica que se estende a toda a duração do espetáculo. Um diálogo sobre o amor romântico e a resistência à mudança de posição. Com direção e texto de Lígia Soares e com interpretação de Cláudio da Silva e Crista Alfaiate. Em cena até 24 de Junho.
Dia 21, estreia Filhos do Retorno no Teatro Municipal D. Maria II. Funcionando como um espelho invertido de retornos e exílios, este espectáculo procura perceber como é que as memórias que são transmitidas pela geração que retratamos, são assimiladas ou questionadas pelos seus descendentes. Como é que estas gerações que não viveram esses acontecimentos directamente se relacionam com as memórias dos pais? A nostalgia passa de pais para filhos, ou as memórias são guardadas em baús sem chave, que ninguém quer abrir? Uma produção do Teatro do Vestido, com texto, direcção e cocriação de Joana Craveiro, em cena até dia 1 de Julho.
Dia 22, Casimiro e Carolina estará no Teatro Rivoli, no Porto, no âmbito do FITEI 2018. A peça de Ödön Von Horváth fala sobre as sequelas da crise de 1929, a fazer lembrar esta que ainda atravessamos. A depressão é grande, o desemprego elevado, mas, apesar das medidas de austeridade tomadas pelo governo, as personagens encontram-se numa feira popular, para se divertirem, beberem e esquecerem os problemas. Há zeplins, freak-shows, montanhas russas, escorregas, música e álcool. O autor faz-nos seguir Casimiro e Carolina, um casal que se ama – ele desempregado, ela a trabalhar – a quererem por uns momentos viver tudo o que a feira tem para dar. Com direcção de Tónan Quito, uma produção de HomemBala e co-produção do Teatro Municipal D. Maria II, onde já esteve em cena.