A primavera chegou, crescem as saudades do verão e crescem ainda mais as expectativas para o MEO Sudoeste. A partir de 3 de agosto, o Festival da Herdade da Casa Branca volta a reunir as condições ideais para uma semana inesquecível: amigos, praia, campismo, um ambiente que não se esquece e a melhor música do momento, a combinar com o bom espírito que se vive na Zambujeira do Mar. E a dança não fica de fora dessa equação. As três próximas confirmações, cada uma à sua maneira, reforçam esse convite para fazer o corpo mexer: Vini Vici, Kura e Wet Bed Gang.
VINI VICI
Quando dois dos principais talentos da música eletrónica israelita se juntam, o resultado só poderia ser um estrondo. E foi isso mesmo que aconteceu no momento em que Aviram, Saharai e Matan Kadosh começaram a fazer música juntos: primeiro com o projeto de trance Sesto Sento e depois com os incontornáveis Vini Vici.
A dupla editou o primeiro single em 2013: “Divine Mode / Trust in a Trance”. As potencialidades de novas plataformas como o Soundcloud permitiram que o culto crescesse e pouco tempo depois surgiram as primeiras digressões, com concertos um pouco por todo o mundo. Faixas como “Back Underground”, “Expender”, “Anything Everything” ou “Veni Vidi Vici” fizeram com que não restassem grandes dúvidas em relação ao talento e à capacidade destes israelitas. A proposta dos Vini Vici baseia-se no melhor da velha escola do trance em articulação com as ideias mais futuristas.
O resultado é um som bem original e cativante, identificado com o género psytrance – e os Vini Vici são quase sempre apontados pela imprensa especializada como os melhores dentro do estilo. A colaboração com Armin van Buuren e Alok na faixa “United” ou o single “Gaia”, com Blastoyz e Jean Marie, são dois bons motivos para marcar presença no dia 9 de agosto no Palco MEO doMEO Sudoeste.
KURA
Neste momento, Kura é o único português com contrato assinado com a Spinnin Records, a maior editora mundial de EDM, e é também o único português na Anna Agency, a agência que também representa Hardwell.
O 48º lugar no DJ Mag Top 100 diz tudo acerca da qualidade de Kura. Ruben de Carvalho, natural de Leiria, encontrou-se com a música de dança quando tinha apenas 11 anos, depois da audição de “F.A.C.T. 2”, um disco de Carl Cox. Começou a ir a clubes de dança e uma das suas primeiras referências musicais foram os franceses Daft Punk.
No entanto, Kura sempre ouviu de tudo um pouco, algo que veio a influenciar o seu estilo. As coisas ficaram mais sérias quando trabalhava numa loja de skate. Havia uma cabine de DJ à disposição e Kura não fez outra coisa que não praticar muito, todos os dias.
Essa proatividade fez com que pouco tempo depois tivesse sido convidado para ser DJ residente no mítico Bahaus. A remistura que fez do tema “Work It” de Sydney Samson (misturado com Bob Marley) ou o original “Russian Guitar” são provas do talento de Kura. Mas a internacionalização aconteceu com o tema “Brazil”, um sucesso que colocou o nome do DJ português no programa “Release Yourself” de Roger Sanchez.
Os temas mais recentes, como “Nothing Else Matters” ou “Makhor”, fazem com que Kura seja um dos nomes do momento e vai levar a sua arte de mistura e o seu carisma à próxima edição do MEO Sudoeste, dia 8 de agosto.
WET BED GANG
Os Wet Bed Gang são um bom exemplo da vitalidade do hip hop nacional. Esta banda de Vialonga, composta por Zara G, GSon, Kroa e Zizzy, mostra invejáveis qualidades rítmicas e poéticas, não deixando ninguém indiferente. Entre 2013 e 2014 fizeram o upload de mais de 15 músicas no YouTube – uma produtividade que cativou um público que, desde aí, não tem parado de crescer. A prova disso é que, no final do verão de 2016, o videoclip da música “Não Tens Visto” alcançava os primeiros milhões de visualizações. E por falar em números expressivos, em 2017 editaram “Aleluia”, com Charlie Beats, um tema que já passou a marca das 13 milhões de visualizações no YouTube.
E entretanto os Wet Bed Gang também cresceram artisticamente graças à presença em estúdio de Conductor, dos Buraka Som Sistema, e são cada vez mais capazes de canalizar um talento que tanto se mostra em estúdio como nas suas poderosas performances ao vivo – momentos marcados pela euforia, os gritos e até o moche…
Em 2018 editaram o EP “IV”, que trouxe um conceito diferente: quatro músicas a solo, assinadas por cada um dos elementos da banda. Este registo e os inúmeros concertos dados fizeram com que este último ano fosse o ano da verdadeira explosão para os Wet Bed Gang. Mas o bom trabalho continua também neste ano de 2019. “23 de Maio” e “Bairro” (produzido por Lhast) são os mais recentes singles e também são já duas das músicas mais esperadas pelo público do próximo MEO Sudoeste. Os Wet Bed Gang atuam dia 9 de agosto no Palco MEO.