A banda neozelandesa, Unknown Mortal Orchestra, apresentou esta semana ao público português, no Hard Club (Porto) e Aula Magna (Lisboa), o seu novo álbum “Sex & Food”. Saiba como foi o concerto de Lisboa!
Cidade Universitária de Lisboa, 30 de outubro, faz imenso frio na rua e é preciso urgentemente algo que aqueca o corpo e a mente. O remédio, um concerto de Unknown Mortal Orchestra, numa Aula Magna repleta de público.
A primeira parte ficou a cargo do músico português Iguana Garcia que ajudou a criar o clima para o concerto que se seguia.
Unkown Mortal Orchestra subiram ao palco desbravando os sons do indie num estilo mais livre, até os primeiros acordes serem reconhecidos, do tema From The Sun. Quando já se esperava o final do tema, Ruban Nielson saiu do palco, sem parar de tocar a sua guitarra, e foi saudar todo o anfiteatro desde a primeira fila até às última, tendo tempo para fazer um brinde e distribuir cumprimentos ao longo do caminho. Atrás, um elemento da equipa seguia-o, fazendo lembrar um autentico jedi com um sabre de luz a iluminar a sua passagem.
Sem parar de tocar ouve-se a transição para Ffunny Ffrends e Swim and Sleep (Like a Shark).
Já com uma ligeira pausa de cinco segundos, a banda neozelandesa apresenta o seu Necessary Evil.
Apesar da setlist planeada, o concerto seguia um rumo semelhante a um concerto de jazz, onde se sentia a liberdade musical e a exploração dos som instrumental – isto aplicado ao indie que a banda tão bem sabe fazer.
So Good At Being In Trouble, um dos maiores êxitos da banda, cativou o público tendo direito a um incrível final de trompete pelo, quase sempre teclista, Julien Ehrlich.
Seguiram-se, Major League Chemicals, o rockeiro American Guilt.
A aventura de Ruban pela plateia teve novo capítulo em Not in Love We’re Just High, onde o vocalista teve tempo para sentar-se junto do público e subir a cadeiras, culminando com uma esparregata já em palco.
Com menos de uma hora de concerto, Multi-Love ditou a primeira saída da banda de palco, com a plateia da Aula Magna em pé para dançar enquanto acompanhava com palmas.
O regresso ao palco fez-se com a recente Hunnybee. O ritmo acelerado e alegre de Can’t Keep Checking My Phone, com luzes de todas as cores, transmitiu uma felicidade contagiante a toda a Aula Magna, culminando um concerto que demonstrou o equilíbrio e evolução de Ruban Nielsen e dos seus companheiros.
O carinho de Portugal pela banda neozelandesa tem crescido, resta a esperança de podermos voltar a vê-los brevemente nos merecidos coliseus.
Setlist
From the Sun
Ffunny Ffrends
Swim and Sleep (Like a Shark)
Necessary Evil
Ministry of Alienation
So Good at Being in Trouble
Major League Chemicals
American Guilt
Not in Love We’re Just High
Multi-Love
Encore:
Hunnybee
Can’t Keep Checking My Phone