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Tyler Rake: Operação de Resgate | Crítica Cinema

Tyler Rake: Operação de Resgate | Crítica Cinema

Tyler Rake: Operação de Resgate (ou só Extraction no seu título original) é um filme de ação electrizante com Chris Hemsworth no papel principal que está disponível para assistir na Netflix. Conheça aqui a nossa opinião sobre o filme.

Crítica feita por: Bernardo Freire (Visão de um Crítico)

Não sendo sempre o caso, assim como a marca de uma boa comédia é a assiduidade do riso, também o cinema de ação que se preza não dispensa a exaltação. E como medir exatamente a exaltação? No caso do projeto da Netflix foi simples. Comecei a ver Extraction deitado e antes de chegar a meio tive de me levantar. Isto porque apesar das imensas imperfeições, a estreia do realizador norte-americano Sam Hargrave vende com brio o que se espera do género: Sequências de ação eletrizantes.

A história é previsivelmente básica e acessível para um filme cujo título pode também ser entendido como Extra-Action. Tyler Rake (Chris Hemsworth) é um destemido mercenário do mercado negro contratado para executar uma missão de alto risco. No seio de um desentendimento entre criminosos internacionais, Ovi Mahajan (Rudhraksh Jaiswal), o filho de um dos bandidos, é sequestrado. Por entre o submundo de Bangladesh, onde o tráfico de droga e armas não arreda pé, Rake tenta salvar o rapaz do seu destino, alterando para sempre as suas vidas.

O passado de Hargrave está intimamente ligado ao ponto de maior destaque do filme. Tem um currículo invejável enquanto duplo e coordenador de duplos, passando por nomes como Atomic Blonde (2017) e Avengers: Endgame (2019). Tanto o talento como a experiência são evidentes em Extraction, onde o realizador desenha cuidadosamente os impactos, movimentos de câmara e cortes em cenas de ação chave. Diferem, contudo, dos bailados refinados da saga John Wick, filmes que decerto serviram de base para o argumentista Joe Russo. Aqui, a ação tem as arestas menos polidas. Há mais malícia, brutalidade, a poeira levantada pelos carros em alta velocidade é palpável, os golpes parecem debilitar os intérpretes tal não é a sua robustez.

Isto desenvolve para outro aspeto digno de nota, as prestações quer de Hemsworth como do jovem Jaiswal. O eterno Thor do universo da Marvel eleva uma personagem que na sua essência tem pouco para oferecer além dos fantasmas do seu passado. É um problema generalizado por todo o filme, as personagens representam os arquétipos que representam e esperar algo mais vai contra a intuição do próprio. No entanto, não só lhe é permitida margem de manobra física para atuar, como consegue demonstrar um alcance dramático incomum nos papéis anteriores do ator. A contracenar com bastante nível está o jovem indiano, que na sua entrega despoleta as emoções certas em Hemsworth.

E é isto que faz de Extraction um bom filme de ação, uma peça que não tenta ser mais do que sabe que é. Não venham pela narrativa complexa, personagens cinzentas ou temas profundos, pois não vão encontrar aqui nada semelhante, mas sim pelo thrill de ver uma orquestra de confrontos, suor e muito pó no ar. Uma sessão de puro escapismo com o auxílio de uma bela carnificina.

 

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