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Já experimentámos os HoloLens da Microsoft

No final de Setembro tivemos o privilégio de sermos dos primeiros órgãos de comunicação portugueses a ver e utilizar os HoloLens da Microsoft, na sua primeira apresentação pública em território nacional.

Esta apresentação surpresa decorreu no final do evento “Christmas in September”, após a Microsoft ter revelado as suas grandes apostas para este Natal.

Apesar de ter sido mostrado neste evento “pré-natalício”, não poderemos esperar o lançamento do HoloLens por cá ainda este ano, não tendo ainda sequer data de lançamento definida.

A versão de desenvolvimento dos óculos de “realidade mista” (como a Microsoft os designa) já foi lançada nos Estados Unidos e no Canadá com um custo de 3.000 dólares, enquanto que a versão para consumidores ainda deverá demorar a aparecer no mercado.

A apresentação deste inovador produto da Microsoft foi feita por João Almeida, evangelista do HoloLens na Microsoft Portugal e Eduardo Vieitas, diretor executivo da IT People Innovation (empresa portuguesa que já desenvolve aplicações para os HoloLens).

Com os presentes ainda espantados por verem diante si os HoloLens, Eduardo Vieitas demonstrou algumas das funcionalidades e capacidades do dispositivo que tem o Windows Holographic (construído à volta da API do Windows 10) como sistema operativo.

-Developers portugueses já trabalham com os HoloLens

Para demonstrar, o director executivo da IT People Innovation decidiu mostrar o que de bom já se fez em Portugal para o equipamento, com uma “app” que será extremamente útil para a construção civil e arquitectura.

Essa “app” permite visualizar através dos HoloLens diferentes vistas de qualquer espaço arquitectónico. No exemplo que nos foi possível ver na tela que a Microsoft tinha na sala (enquanto Eduardo Vieitas usava os óculos de “realidade mista”, a sua “visão” era transmitida para o computador que João Almeida manuseava), era possível entrar numa casa e mexer com as portas ou iluminação dessa habitação, e também ver como a fachada da casa ficava iluminada nas diferentes horas do dia.

Sendo possível dessa forma fixar um objecto virtual num ponto físico, podendo assim andar à volta dele e o objecto não se move do sitio onde deixamos, reduzindo o efeito de “motion sickness”.

Na nossa opinião, esta é uma ideia excelente e que poderá ser usada por qualquer um. Imagine que quer comprar uma casa, não terá que se deslocar ou local ou esperar por um dia “open house”. Quando a casa já for sua poderá testar vários objectos como por exemplo, candeeiros para a sala. Invés de comprar uns e depois sair desiludido com a compra, faria logo um breve teste com a “app” e veria o que seria melhor para si.

O Kit de Desenvolvimento

De seguida, tivemos a “presença” de algumas figuras holográficas na sala, que interagiam com o utilizador dos óculos, como o caso de um astronauta que era possível ser visto a flutuar na sala e a acenar.

Para finalizar, a cereja no topo do bolo para a imprensa presente no evento. A possibilidade de experimentar os HoloLens.

A nossa experiência

Do pouco tempo que tivemos com o equipamento, só podemos falar bem do mesmo. Tivemos a oportunidade de usar uma aplicação que serve como guia turístico, no caso concreto, sobre Itália e que nos permitia entrar em museus sem tirar os pés de Lisboa. A experiência é recomendada pois melhor do que aquilo que vimos, só indo directamente ao local. Ao mesmo tempo que apreciávamos a Arquitectura Renascentista, víamos pessoas a passar ao nosso lado e a fazerem a sua vida quotidiana .

Infelizmente, com a quantidade de pessoas presentes, não nos foi possível utilizar por muito tempo os HoloLens (havendo até a particularidade de ter ficado sem bateria no nosso uso, terminando-o precocemente…), e muito gostaríamos de poder ter experimentado mais, e fazer uma análise mais completa ao equipamento.

No entanto, tal como referido antes, só podemos dizer coisas positivas dos óculos. Ofereceu experiências diferentes, e não causou qualquer problema. A nível de conforto, o equipamento adapta-se sem qualquer problema ao utilizador em causa. Em relação ao sistema sonoro, os HoloLens vêm equipados com dois altifalantes posicionados na zona das orelhas para produzir um efeito de “som espacial”. Mesmo com o volume no máximo o som não se dispersa, diminuindo qualquer incómodo que pudesse causar às pessoas em redor. O “som espacial” garante uma experiência de utilização diferente, onde terá noção de acções que ocorram nas suas costas sem ter a necessidade de se virar.
Apesar disso, acreditamos que ainda faltará algum tempo (leia-se alguns anos) até os HoloLens ficarem disponíveis para o público em geral, pois o ponto principal de cada nova tecnologia não são as suas capacidades técnicas, mas sim o uso que se pode fazer com o mesmo. E como tal, a Microsoft irá certamente preencher as funcionalidades dos HoloLens, de forma a oferecer a melhor experiência do género no mercado.

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