A Porto Tech Hub juntou mais de 800 participantes na sua terceira edição, no dia 20 de Setembro.
O evento juntou especialistas em tecnologia e não só. Pelo primeiro ano, o público não foi preenchido apenas pelos grandes especialistas de tecnologia, mas sim, por qualquer pessoa que quisesse saber mais sobre esse tema.
Logo pela manhã de dia 20, no edifício da Alfândega do Porto, juntaram-se computadores, telemóveis e outros dispositivos informáticos móveis, que acompanhavam os seus donos. O público era maioritariamente masculino e traziam camisolas das empresas que representavam.
Paula Gomes, a presidente da Porto Tech Hub, disse que “Este ano tentamos diversificar e ter dois tipos de público: um mais leigo e não tão técnico e outro mais geek, que quer ouvir falar de código e de inovação ao nível de segurança” e ainda acrescentou que “não há tantas mulheres como homens na área das novas tecnologias e infelizmente isso ainda se nota no nosso país”.
O evento começou com as boas vindas da secretária de Estado da Indústria, Ana Lehmann. Seguindo-se o português David Carvalhão, que teve a máxima atenção do público durante toda a sua palestra, interessante e fluída. O seu tema foi “O teu computador vai usar-te”, que nos apresentou os avanços da tecnologia desde a Revolução Industrial até aos robôs. Para David, o futuro irá trazer-nos várias novidades que vêm acompanhadas de estragos, “a nossa sociedade não está pronta para isto. Como será a nossa identidade social quando a tecnologia se expandir a ponto de ter capacidade humana?”.
Seguiu-se o professor universitário, Ricardo Costa, que nos deu que pensar com o seu discurso sobre autenticação em diversas plataformas, que passou de unsername e login para reconhecimento facial e de polegares. “Estamos constantemente a validar-nos. Já foi copiada sem erros a íris do olho de Angela Merkel, através de um cartaz de propaganda”.
Beniamino Guida, um investigador universitário e presidente da Aeromechs, apresentou-nos a “Internet das Coisas”, que para ele é apenas uma ponta do iceberg daquilo que ainda está para vir. Também nos falou das chamadas “casas inteligentes”, em que é possível apagar a luz através do smartphone. Para ele, em 2020, 50 biliões de dispositivos conectados entre si, reduzindo a intervenção humana.
De seguida, começaram as palestras de código de programação informática, com Simona Cotin (Google) e Benjamin Fuentes (IBM) que tiveram uma forte adesão por parte do público que aproveitou para escrever algumas linhas de código nos seus computadores.
Foi sem dúvida uma conferência de discussão de ideias, novidades e teorias, que permitiu tanto ao público mais leigo como que ao mais especializado, perceber mais sobre alguns temas e aprofundar outros. Em princípio a edição do próximo ano deverá manter-se no mesmo sítio, uma vez que a Alfândega é o sítio ideal para reunir um grande público sedento por mais conhecimento.