Nascido e criado em Compton na Califórnia, o interesse de Lacy pela música, tal como milhares de outros jovens norte-americanos, começou entre a igreja e o Guitar Hero. Mais tarde começou a dar nas vistas enquanto produtor e integrou o grupo The Internet, contribuindo com todo o seu talento para o disco “Ego Death” (2014), nomeado para um Grammy. A solo começou por se destacar com “C U Girl”, um single editado em 2016. Esses primeiros passos a solo não impediram que se desdobrasse em colaborações de sucesso com nomes como Twenty88, Denzel Curry, Isaiah Rashad, J Cole, GoldLink, Tyler, the Creator, até com a banda Vampire Weekend, e claro, com Kendrick Lamar, tornando-se assim, e com apenas 24 anos de idade, num dos produtores mais cobiçados do momento. Em 2019 edita o seu disco de estreia, muito aguardado até então, e “Apolo XXI” não frustra as altas expectativas dos fãs, muito pelo contrário. Bem recebido pelo público e aclamado pela crítica, este registo revela a originalidade de Steve, manifestada em letras em torno de questões identitárias e em versos mais introspectivos. Graças a este disco, Steve Lacy voltaria a ser nomeado para um Grammy, desta vez a solo. Influenciado por nomes como Thundercat, Erykah Badu, Black Moth Super Rainbow, Pharrell Williams, The Neptunes, Prince, entre tantos outros, Steve Lacy sempre procurou a sua própria voz. E essa identidade fica ainda mais evidente no seu último disco, “Gemini Rights”, editado em 2022. Steve parte da narrativa de um desgosto amoroso para a construção de um registo que contém em si vários estados de espírito, sem nunca perder uma franqueza e uma sinceridade que desarmam qualquer um. E, mais uma vez, também aqui transparece o amor de Steve pela música: de Caetano Veloso a Andre 3000, dos Beatles a Sly Stone, são muitos os nomes que o inspiraram para a escrita destas novas canções. “Gemini Rights” está na corrida aos Grammy de 2023 em quatro categorias: Record of the Year, Song of The Year, Best Solo Performance e Best Progressive R&B Album.