Em entrevista ontem ao programa “Quinta da bola” na Bola TV, Rui Pedro Soares foi convidado a comentar algumas questões do futebol em geral bem como dos três anos em que está à frente da SAD do Clube de Futebol “Os Belenenses”.
Numa retrospetiva aos três últimos anos à frente dos destinos da SAD azul e de como encontrou o futebol profissional Rui Pedro Soares não tem duvida: “a situação vivida era dramática, aliás só por ser tão dramática é que o Belenenses alienou a propriedade da sua SAD e alienou de uma forma esmagadora, dos sócios presentes em assembleia geral, num domingo à tarde, mais de 300, só tivemos 20 votos contra a nossa proposta”, mantendo-se fiel a um “projeto a sete anos, com metas perfeitamente identificadas que têm sido cumpridas” considera que tem conseguido “recuperar o prestigio do Belenenses”.
No que a questões monetárias diz respeito e plantel: “Há três anos o passivo do Belenenses era de 10 milhões de euros e o défice mensal era de 100 mil euros. Os 10 milhões de euros que encontrámos há três anos, 5 milhões estão pagos portanto,neste momento, passivo do Belenenses neste momento são 5 milhões de euros mais o dinheiro que os acionistas lá colocaram, o défice mensal de 100 mil euros transformou-se num resultado positivo mensal de 20 mil euros que está a ser todo utilizado no investimento na sociedade. Tínhamos um plantel que não tinha qualquer valor económico, estava na segunda liga com oito jogadores brasileiros, tínhamos jogadores emprestados do beira-mar, Paços de Ferreira, tínhamos dois jogadores emprestados do Benfica, que eram o Miguel Rosa e o Leo Kanú que era um central que jogava a ponta de lança. Esta era a situação que nós tínhamos”
Outro tema abordado e que noutras ocasiões tinha ‘levantado’ alguma polémica foi a questão de um campo de treinos ou centro de estágios em que, mais uma vez, foi perentório na sua opinião: “quem não treina bem, não pode jogar bem” adiantando que a partir “1 de julho de 2017” o Belenenses estará “de certeza a treinar no novo centro de estágios“, ainda sem um local definido mas com a pretensa que seja “em Lisboa” esta era uma meta definida para o último ano do projeto apresentado, mas ao deparar-se com “a importância que é ter um centro de estágiso” vê como necessário “antecipar”. Depois de concluída esta meta considera que: “estaremos pela primeira vez na nossa história na Liga dos Campeões. É possível, acredito nisso” finalizou.