Num dia em que a maioria das pessoas presentes na Cidade do Rock apenas desejava assistir ao concerto dos cabeça de cartaz (Muse), os Bastille chegaram e conseguiram conquistar mesmo aqueles que “não tinham interesse nenhum em ver este concerto”.
Ao meu lado na plateia estava um grupo de pessoas que vinham com as suas t-shirts dos Muse. Durante o concerto das HAIM, que antecedeu o dos Bastille, nem se levantaram dos “sofás insufláveis vermelhos”. Queixavam-se de que nunca mais eram onze horas – a hora em que começaria o concerto dos Muse. E “que seca, ainda faltava o concerto destes tais Bastille”.
Às 21:15h, começou o concerto. O vocalista Dan Smith entrou em palco e na plateia começaram a juntar-se mais pessoas, talvez até atraídos pelos ecrãs meio desfocados, como se fossem câmaras antigas, que naquele momento apenas transmitiam uma imagem da banda britânica em palco, com o vocalista ainda de capuz na cabeça.
Logo na primeira música, “Good Grief” este tal grupo de pessoas que referi, que até então apenas tinha estado sentado a queixar-se, levantou-se. E começaram todos a dançar. Na verdade, os Bastille chegaram e meteram todos a dançar. Mesmo quem não conhecia a banda ficou rendido aos seus ritmos.
O momento alto do concerto foi, no entanto, aquele em que cantaram o cover da música dos anos 90, “Rhythm Of the Night” (na versão dos Bastille, apenas chamada “Of The Night”). Esta música todos conheciam e, por isso, todos cantaram. E, a pedido do Dan, baixaram-se e saltaram apenas durante o refrão, abanando toda a zona do Palco Mundo com tantos saltos cheios de energia.
Foi uma hora de concerto com todos os sucessos da banda, com as músicas mais antigas (como, por exemplo, “Things We Lost In The Fire” e “Icarus”) e com algumas mais recentes (como é o caso da “Quarter Past Midnight”, que, de acordo com o vocalista, “ninguém ia conhecer”). Mas, dos sucessos que mais se destacaram neste concerto, temos de referir “Flaws”, que levou Dan Smith até ao corredor que existe fora do palco, e “Pompeii”, que serve sempre para terminar os concertos dos Bastille em grande (até porque é a música mais popular da banda).
Esta foi a terceira vez que a banda britânica se apresentou em Portugal e este, definitivamente, foi o melhor concerto deles em território nacional.
Fotografias: Agência Zero
Setlist dos Bastille no Rock in Rio Lisboa 2018
- Good Grief
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