António Barradas 
O Belenenses recebeu e venceu o Sporting de Braga em jogo a contar para 26ª jornada da Liga NOS. Os azuis superiorizaram-se aos minhotos ganhando por uns claros 3-0. Este resultado demonstra a supremacia azul durante os 90 minutos e espelha ainda o bom futebol praticado pela equipa de Julio Velázquez, finalmente a dar frutos.
O jogo começou numa toada morna. Os homens da casa, que optaram por começar com Tiago Caeiro como referência fixa no ataque, eram mais dominantes, sem no entanto causar muito perigo. Um jogo muito disputado a meio-campo e com as duas equipas muito encaixadas uma na outra. O Belenenses dispôs de algumas ocasiões para marcar golo, falhadas por André Sousa e Carlos Martins,respectivamente. Os visitantes, contudo, dispuseram da melhor ocasião para marcar quando Alan, dentro da área, remata em jeito para grande defesa de Ventura. O resto dos primeiros 45 minutos foram disputados mais no meio-campo do Braga, porém, sem nenhuma acutilância de relevo. Carlos Martins comandava os destinos da equipa.
No segundo tempo as coisas reverteram-se. Os arsenalistas acabaram por entrar melhor, mas cedo começaram a ceder. Aos 56 minutos, na sequência de um canto, o defesa-central, Gonçalo Silva, acabaria por marcar. Estava feito o 1-0. Pouco tempo depois entrou Miguel Rosa e o paradigma do desafio alterou-se por completo. O primeiro toque que o extremo português dá na bola é para a fixar no fundo das redes, num bom golpe de cabeça a concluir uma óptima jogada. Uns minutos mais tarde, Tiago Caeiro – também de cabeça – viria a fixar o resultado final em 3-0. Até ao fim do encontro o Belenenses foi gerindo os ritmos de jogo, controlando o mesmo sem ser preciso dominá-lo. A iniciativa foi consentida ao Braga, tudo premeditado, no entanto.
Com esta vitória moralizadora e excelente para a auto-estima, o Belenenses voltou a encarrilar no caminho Europa. A missão é hercúlea, o calendário não é favorável, todavia, a jogar assim, seria uma injustiça não chegar ao top 6. Hoje o timoneiro azul conseguiu aliar o já inerente bom futebol, a uma vitória expressiva. Era este o tónico que faltava.
