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Rescaldo: Vitória da eficácia

Rescaldo: Vitória da eficácia

Ao 10º jogo, o Belenenses venceu finalmente fora de portas. A equipa orientada por Julio Velázquez foi a Vila do Conde vencer por 1-2 num jogo decidido na 1ª parte que teve na eficácia a palavra chave. Com esta vitória o clube do Restelo aproxima-se dos lugares europeus e deixa um fosso de 11 pontos para a linha de água.

Um onze completamente exclusivo, fazia mostrar que Velázquez não se vai focar apenas num sistema de jogo, procurando inteirar a equipa de vários esquemas tácticos que mudarão consoante o adversário.Miguel Rosa sozinho na frente, tal como com o Estoril, Filipe Ferreira a extremo e Gonçalo Brandão a defesa-esquerdo, foram estas as mudanças do treinador azul. O jogo cedo começou a desenrolar-se de forma auspiciosa. Várias jogadas de perigo pela parte do Rio Ave e uns visitantes perigosos no contra-golpe, fazendo ver ao adversário que não tinham vindo jogar para o empate. Aos 11 minutos, após um passe magistral de Carlos Martins, Filipe Ferreira finalizava com classe e causava choque no marcador. A partir deste golo o Belenenses retraiu-se um pouco e o Rio Ave aproveitou para explorar as fragilidades defensivas inerentes a um esquema táctico pouco experimentado. A igualdade acabaria por chegar ao minuto 24, após um excelente cruzamento de Edimar – juntamente com Kayembe no flanco esquerdo, os mais desequilibradores – Ukra fazia o seu primeiro golo na Liga. Os homens da cruz de cristo não baixaram os braços, continuaram a privilegiar a posse de bola e as transições em progressão, com a bola controlada e de pé para pé. Apesar de mais pendor ofensivo dos vilacondenses, quem chegaria ao golo após um excelente cruzamento de Filipe Ferreira e uma sublime cabeçada de Sturgeon, seria o Belenenses. Aos 41 minutos estava estabelecido o resultado final.

No reatar da partida, os forasteiros até começaram por cima. Muita circulação de bola mas pouco critério no último passe. Passados 15 minutos de alguma preponderância azul, o jogo tomou um rumo inevitável. O Rio Ave tentou por todos os meios chegar ao golo, mas quase sempre através de um jogo directo ineficaz. Ventura ainda salvou a equipa umas quantas vezes e nas restantes os centrais mostraram estar à altura, apresentando níveis de concentração muito elevados. O Belenenses não conseguia sair a jogar, os passes errados multiplicavam-se e o discernimento começava a perder-se. Até ao fim foi defender com um bloco baixo e com alguma largura na defesa, não permitindo grandes aventuras aos extremos adversários. A entrada de Tiago Caeiro foi importante de forma a segurar a bola na frente, algo que raramente foi conseguido. O jogo acabaria por ficar 1-2 e os 3 pontos vieram assim para Lisboa.

Uma boa vitória do Belenenses que aproveitou algo que raras vezes faz: a eficácia. O clube da cruz de cristo foi cínico e matou o jogo quando devia, aproveitando quase na totalidade os remates perigosos de que dispuseram. Esta vitória significa muito na caminha azul; tanto um afastamento dos lugares mais baixos, como uma aproximação aos lugares europeus. Além de ter sido um enorme “boost” de confiança para os jogos que aí vêm.

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Julio Velázquez: “Continuamos a crescer de jogo para jogo”

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