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Rescaldo: Quem joga com receio, arrisca-se a ser goleado

Rescaldo: Quem joga com receio, arrisca-se a ser goleado

O Belenenses perdeu esta Quinta-feira, no seu reduto, frente à Fiorentina, equipa que é 1ª classificada do campeonato italiano. Os homens de Paulo Sousa, foram dominadores durante todo o encontro e chegaram aos 4 golos quando já ninguém o fazia prever, apesar do evidente domínio.

A equipa da casa começou o jogo muito retraída. Sem critério na saída de bola, com as linhas muito baixas e com os jogadores muito nervosos, foi apenas uma questão de tempo até aos homens vindos de Florença, fazerem o golo. Após um remate de fora da área de Mário Suárez e uma defesa para o lado de Ventura, Bernardeschi, antecipou-se a Geraldes – que foi muito lento a reagir – e sem ninguém na baliza, atirou a contar. Estavam decorridos 19 minutos de jogo. A toada não se alterou. A Fiorentina trocava a bola a seu bel-prazer e o Belenenses não pressionava de forma convincente a avalanche ofensiva do adversário, que assim sendo, ia gerindo mais o ritmo de jogo do que procurando incessantemente o 2-0. O 2º golo, contudo, viria a surgir muito perto do intervalo, altura em que os da casa até estavam melhor na partida e podia ter causado surpresa. O azar esteve bem patente no golo de Babacar, uma vez que a bola ainda ressalta num defesa azul. Tempo de intervalo e um semblante carregado dos pupilos de Sá Pinto.

No início do segundo tempo, os acontecimentos alteraram-se um pouco. O Belenenses veio com mais garra e crer em alterar o resultado. Duas arrancadas de Kuca foram suficentes para por a Fiorentina em sentido. No entanto, não foi sol de muita dura. Os jogadores rapidamente voltaram a “adormecer”. Perdeu-se o meio-campo, a pressão era feita muito atrás, os laterais eram passados com demasiada facilidade e o homem da frente não causava calafrios à defesa contrária. Tudo o que os emblema da cruz de cristo tentava fazer, saía precipitado e desajeitado. Muito pouco para quem queria surpreender. O jogo continuou com um domínio visitante até final, ainda que apenas e só com uma posse de bola inconsequente. Aos 85 minutos, após uma arrancada fenomenal de Kuba, que tinha acabado de entrar, Tonel acaba por, com infelicidade, atirar a bola para o fundo das redes. Os adeptos começavam a abandonar o estádio cabisbaixos e desiludidos. Mal sabiam que, 5 minutos depois, num lance de contra-ataque, Rossi, o mago de Florença, acabaria por se isolar frente a Ventura e perguntar ao português para que lado queria. Estava feito o 4-0 e o resultado final. O Belenenses pode, todavia, queixar-se do árbitro e da sua terrível prestação. Um penalty por assinalar e muitas – mesmo muitas! – decisões erradas.

O que foi apresentado hoje no Restelo foi… Fraco. Muito fraco. A desculpa de se estar a jogar frente a uma equipa superior, com outras ambições, com outros objectivos, com outros jogadores e outro orçamento, não passa disso: de uma desculpa. A apatia, a descrença e a falta de qualidade hoje apresentada, não podem ser frequentes. Não podem surgir nestas alturas, nas alturas em que se deviam superar e dar tudo em campo. A partir do momento em que o jogador que mais corre, pressiona e luta da equipa tem 34 anos, acho que resume tudo o resto. Ou as coisas melhoram muito, ou o resultado no Dragão não será diferente.

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