O Belenenses recebeu e foi derrotado pelo Rio Ave por 3 bolas a 1 num jogo que, para os adeptos locais, não ficará, por certo, nas memórias. Com este resultado o Belenenses perde a vantagem que tinha e deixa-se apanhar na classificação pelo Paços de Ferreira que, graças a Éder do Sporting de Braga, empatou a duas bolas em casa. Tudo isto deixa as contas pela Europa complicadas. A hipótese do Belenenses se distanciar voltou, uma vez mais, a ser enviada por água a baixo num jogo em que apenas uma equipa esteve em campo.
O jogo começou da pior maneira possível. Aos 4 minutos, Diego Lopes, num remate fora da área e colocado, após sentar os defesas azuis, colocou a bola no fundo das redes e levava o ânimo inicial do Belenenses a cair por terra. Contudo, a equipa da cruz de cristo nessa altura do jogo não desistiu e ainda apresentou alguns laivos de bom futebol, todavia muito desapoiado, com Pelé e Ricardo Dias muito recuados e atacando com muito poucos homens. O Rio Ave acercava-se da baliza azul através de contra-ataques e, aos 28 minutos, numa jogada em que Tiago Pinto, o defesa-esquerdo dos vilacondenses, passa por toda a defesa azul, deixando-os pregados ao relvado, atira a contar, fazendo o segunda da equipa. Após este segundo golo, o Belenenses não soube reagir. O flanco direito, pelo qual surgiram as ocasiões de maior perigo por parte do Rio Ave, foi explorado até à exaustão e o jogo ofensivo do Belenenses assentava nas bolas paradas e em cruzamentos. Nada que incomodasse Ederson. Chegava assim ao fim a 1ª parte, com muito mais Rio Ave do que Belenenses e uma inoperância ofensiva e uma desatenção defensiva quase gritante por parte da equipa da casa.
No inicio da 2ª parte os de Belém começaram com um tónico completamente renovado, já com Tiago Caeiro e Fábio Nunes em campo e podiam ter chegado ao golo logo nos primeiros minutos. Porém, como diz o ditado: “quem não marca, sofre”. E assim foi. O Rio Ave, mais uma vez pelo flanco ocupado pelo defesa-direito improvisado, Fábio Sturgeon, chegaria ao golo e encerrava assim quaisquer esperanças de uma reviravolta azul. O resto do jogo não tem muita história. A bola não queria entrar e os “deuses” não estavam, por certo, do lado dos homens da cruz de cristo. Tudo saía ao lado, errado e sem a sorte necessária para mudar o rumo dos acontecimentos. O golo de Rui Fonte foi apenas uma consolação para o esforço, inglório, de alguns dos jogadores. O Belenenses perdia por 1-3 e via assim, mais uma oportunidade soberana de se afastar dos rivais, fracassada.
O clube voltou a falhar nos momentos decisivos, as oportunidades vão escasseando e os tempos não se avizinham fáceis, qualquer – novo – passo em falso, será fatal. É imperativo ganhar em Coimbra – tal como havia sido agora – e as invenções de dia 4 de Maio, são para ser deixadas para trás.