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Rescaldo: Falta de eficácia impede surpresa no “derby” lisboeta

Rescaldo: Falta de eficácia impede surpresa no “derby” lisboeta

O Belenenses recebeu o Benfica e ambas as equipas deram seguimento ao seu momento actual. O Benfica venceu e elevou para 16 as vitórias forasteiras consecutivas e o Belenenses, por seu turno, voltou a perder e a não marcar um golo ao Benfica em casa, algo que já não acontece há 9 anos. O resultado cifrou-se no 2-0 e acaba por ser justo mediante o que se verificou na partida. No entanto, os homens do Restelo, caso tivessem um maior acerto na hora de finalizar, podiam ter causado mais calafrios aos encarnados e levado a incerteza no resultado até final.

O jogo começou com o Belenenses a apresentar várias opções distintas no “onze”. Sousa na frente, ao pé de Camará; Rosell a defesa-direito e João Diogo a extremo; Yebda no duplo-pivot. Os primeiros minutos não foram muito felizes para o Belenenses que acabaria por sofrer um golo, de bola parada, logo aos 10 minutos. Mitroglou saltou mais alto que toda a defesa azul e cabeceou sem hipóteses para Joel Pereira. Os homens da casa deixaram para trás o medo do jogo e tentaram por em sentido o Benfica. Quase iam marcando um golo, numa jogada estudada após um canto, Gerso cruzou e Yebda permitiu que Ederson fizesse uma das defesas da noite. O Benfica dominou a maioria da 1ª parte, em virtude de uma enorme passividade defensiva do Belenenses e de várias desatenções na área que só não deram golo por manifesta sorte. O resultado ao intervalo ajustava-se, mas os azuis davam sinais de que queria crescer no desafio e mostrar aos encarnados que não eram favas contadas.

Os homens da casa voltaram do descanso com outra atitude. Mais pressionantes, mais acutilantes e a explorar melhor o espaço concedido pelo meio-campo do Benfica. Yebda saiu por lesão e foi substituído por Sturgeon. Quando o Belenenses demonstrava sinais de alguma melhoria, os pupilos de Rui Vitória marcaram. Numa boa jogada de Grimaldo e numa clara falha defensiva – com o defesa azul a virar as costas ao lance – o 2-0 chegava à passagem do minuto 65. Até final, Miguel Rosa e Tiago Caeiro foram chamados a jogo para tentar reverter a tendência ofensiva, mas nada conseguiram fazer. O Belenenses dispôs de várias oportunidades para marcar, pelo menos, um golo, mas Ederson impediu sempre que a sorte sorrisse aos azuis. A entrega foi maior na 2ª metade, assim como as jogadas ofensivas mais bem executadas, faltando, como é hábito, a finalização.

Um jogo menos mau que o da época transacta, no entanto é sabido que se pede mais à equipa da Cruz de Cristo. 9 anos sem marcar ao Benfica não é – nem pode ser – normal. Quim Machado ainda tem um longo caminho pela frente, se bem que já se notam algumas melhorias em relação ao jogo em Coimbra. É seguir a evolução e procurar um bom resultado em Braga.

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