O técnico azul, Júlio Velázquez, partia para este jogo sem algumas das peças mais importantes: Ventura, Carlos Martins e Tiago Caeiro, por problemas físicos. Com tais impossibilidades, o técnico espanhol fez entrar Ricardo Ribeiro para a baliza, colocou Miguel Rosa à frente dos dois médios mais recuados, Bakic e Aguilar, remeteu André Sousa e Sturgeon para as alas e lançou Juanto Ortuño para o ataque da equipa do Restelo.
Do lado da equipa sadina, Quim Machado alinhou com Ricardo na baliza, defesa com Willian, Frederico Venâncio, Miguel Lourenço e Nuno Pinto, Fábio Pacheco, André Horta, Arnold, André Claro e Salim Cissé e Hassan no ataque.
Num jogo entre equipas separadas por 4 pontos, o equilíbrio seria de esperar e foi isso que aconteceu durante a 1ª parte. O jogo iniciou com alguma iniciativa da equipa do Restelo que, aos 6 minutos, quase marcou por Juanto Ortuño. Excelente passe de Gonçalo Brandão a lançar André Sousa pela esquerda, este ganha a linha, cruza rasteiro e Juanto com apenas Ricardo pela frente atira ao lado da baliza dos sadinos. Aos 8 minutos Fábio Sturgeon cai no relvado devido a uma cotovelada de Miguel Lourenço, entrada essa que deixou o avançado azul a sangrar da face. Sturgeon ficou a ser assistido algum tempo e foi com essa superioridade numérica que o Vitória equilibrou a partida. Aos 15 minutos, um cruzamento de Willian encontra Hassan que, com uma recepção excelente, roda e remata a bola que sai a arrasar o pote da baliza por força do desvio de Gonçalo Silva. Aos 26 minutos um revés na estratégia do Belém com a lesão de Bakic e entrada forçada de Rúben Pinto. Até ao descanso assistiu-se a muitos erros, faltas e escassez de oportunidades e, como tal, o nulo persistiu até ao apito de Artur Soares Dias.
Na entrada para a segunda parte o Belenenses parece querer tomar conta da partida. Mais ataques, mais posse de bola, mais iniciativa. O desgaste de uma longa época reclama mais uma vítima aos 60 minutos. Aguilar sai lesionado e cede o seu lugar a Ricardo Dias. Quim Machado colocara Costinha para a segunda parte, alteração que não surtiu qualquer efeito imediato pois a bola preferia rolar pelo meio-campo sadino e nos pés dos homens da Cruz e Cristo. Aos 62 minutos Miguel Rosa encontra André Sousa na área que, sem grande pressão, atira por cima. O Belenenses ia carregando e aos 75 minutos dispunha de outra grande oportunidade. Grande jogada de entendimento entre Miguel Rosa e Sturgeon com o primeiro a cruzar para a cabeça de Juanto que continuava a não ter a pontaria afinada. Aos 78 minutos e com alguma justiça o Belenenses faz adiantar o marcador. F. Ferreira sobe pela esquerda, aplica-se no cruzamento com o seu pé esquerdo, Miguel Rosa salta e cabeceia para a conclusão de Juanto que, finalmente, consegue encontrar o fundo das redes. Poucos minutos depois Miguel Rosa podia ter feito o segundo do Belenenses com um remate fora da área. Até final o Vitória não dispôs de muitas oportunidades, destaque para um cabeceamento de Meyong para defesa fácil de Ricardo Ribeiro. Ainda houve tempo para a entrada de Tiago Silva, sem grandes efeitos práticos já que o resultado estava feito.
O Belenenses volta às vitórias e Velázquez persiste em não perder fora de casa. Resultado justo para a equipa da Cruz de Cristo que chega aos 36 pontos e cola-se, à condição, ao Paços de Ferreira.