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Red Hot Chili Peppers no Super Bock Super Rock – 34 anos não se resumem numa 1h30

Red Hot Chili Peppers no Super Bock Super Rock – 34 anos não se resumem numa 1h30

Quiseram os deuses (ou os programadores do festival e os das digressões da banda) que no Dia Mundial do Rock, os Red Hot Chili Peppers subissem a palco em Portugal para matar saudades que já tinham tido início 11 anos antes, após a ultima vinda ao nosso país no Rock in Rio 2006.

A ansiedade era muita, os bilhetes para o dia 13 de Julho estavam esgotados meses antes, e os passes de 3 dias também, com muitos a comprar o ingresso geral para o festival só para ver a banda californiana.

Ontem para qualquer lado que se olhasse no Parque das Nações praticamente só se viam 2 tipos de tshirt: preta com o logo dos Red Hot Chili Peppers ou branca com o logo dos Red Hot Chili Peppers. Era evidente que a grande maioria do público presente no primeiro dia do Super Bock Super Rock só queria ver uma banda.

Pouco tempo depois da meia-noite, entram em palco Flea, Chad Smith e Josh Klinghoffer para o êxtase total do público. Kiedis, o vocalista saltitão, apareceria mais tarde para cantar os primeiros versos de “Can’t Stop”. A partir desse momento até final, poderia nem cantar os êxitos tal era a cantoria generalizada na plateia e nas bancadas da MEO Arena.

Logo a seguir vem “Snow (Hey Oh)” e “Dark Necessities”, o primeiro de três exemplos do novo álbum “The Getaway”, demonstrando que a banda ainda faz música nova com impacto junto dos fãs.

Todos os elementos da banda têm um estilo muito próprio e é interessante observar como isso conjuga em palco. Kiedis de tronco nu (maioritariamente) é talvez a personagem mais cool da banda. Flea na sua boa disposição e indumentária colorida é o mais interventivo e divertido do grupo. Josh interpreta (ainda) o papel de novato da banda, depois de ter substituído Frusciante na guitarra. E Chad Smith o baterista mais parecido com o Will Ferrell dá ideias de ser o membro mais calmo e com o qual se pode conviver facilmente. No palco interpretam e improvisam entre músicas de forma a manter a audiência sempre concentrada (tarefa complicada nos dias de hoje).

Se há aspectos negativos da noite de ontem, um deles foi a falta de comunicação do vocalista e restante banda (excepto Flea) com o público. Não aproveitaram o momento da melhor forma, porque qualquer coisa que fizessem receberiam aplausos (e não me estou a referir ao acto que Salvador Sobral mencionou noites antes no mesmo palco). Inclusive na despedida, Kiedis sai tal como entrou, sem grandes palavras. Outro aspecto foi a duração do concerto e a quantidade de clássicos que ficaram de fora do alinhamento. “Under The Bridge”, “Scar Tissue”, “Dani California”, “Zephyr’s Song”, “Throw Away Your Television” ou “Breaking The Girl” são alguns dos exemplos maiores de um catálogo musical com 34 anos de história. Soube a pouco, mas se o regresso estiver marcado para breve, não nos importamos tanto com isso.

No fundo foi um bom concerto de uma banda lendária que tem mais êxitos universais do que tempo para os apresentar ao vivo.

Setlist do concerto (Under The Bridge foi trocada por Soul To Squeeze):

Intro Jam
Can’t Stop
Snow ((Hey Oh))
Dark Necessities
The Adventures of Rain Dance Maggie
Nobody Weird Like Me
Go Robot
Californication
What Is Soul? (Funkadelic cover)
Aeroplane
Suck My Kiss
Soul to Squeeze
By the Way

Encore:
Goodbye Angels
Give It Away

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