O Sp. Braga garantiu a contratação de Rambé. Numa movimentação surpreendente, o avançado deixa o Restelo e ruma ao Axa com contrato até 2017, com mais dois anos de opção. Numa primeira fase, será integrado na equipa B dos arsenalistas, não estando de parte a possibilidade de ser alvo de um empréstimo consoante a situação evolua.
O facto é que Sérgio Conceição gosta das qualidades de Rambé e deu a sua aprovação. A SAD entende que o internacional cabo-verdiano tem margem de progressão e que, apesar de fazer 25 anos em outubro, ainda vai a tempo de evoluir ao ponto de demonstrar capacidade para integrar o plantel principal dos minhotos. Foi nessa perspetiva que os clubes atingiram um acordo cujo valor financeiro reside, sobretudo, no sucesso que o jogador alcançar ao serviço dos minhotos.
Dessa forma, o Sp. Braga paga de imediato 75 mil euros aos azuis, podendo um bónus de 300 mil euros ser encaminhado para o Restelo, caso Rambé consiga realizar 30 jogos pela equipa principal dos arsenalistas durante o período de duração do seu contrato. Ou seja, trata-se de uma aquisição de baixo custo e risco diluído para a SAD de AntónioSalvador, que apenas terá de abrir os cordões à bolsa se o dianteiro confirmar as qualidades que Sérgio Conceição lhe reconheceu.
Por agora, o lote de avançados à disposição na Pedreira é impressionando, com Jonathan Rodríguez e Éder seguros no plantel principal, mas Erick Moreno, Hugo Vieira ou Yazalde ainda sem destino para prosseguir a sua carreira. Por isso, o aproveitamento imediato de Rambé teria sempre de ser feito noutro patamar competitivo. Nas próximas semanas será então decidido se beneficiará mais em competir na 2.ª Liga ou com uma colocação que lhe garanta utilização a um nível mais elevado.
SAD estava recetiva a uma boa proposta
• Rambé era um dos jogadores que a SAD do Belenenses admitia vender, caso surgisse uma boa proposta. O avançado cabo-verdiano, que pelo Farense (2.ª Liga) marcou 10 golos, estava igualmente referenciado por clubes angolanos, mas estes nunca chegaram ao valor que a sociedade anónima exigiu para negociar o seu passe. Jorge Paixão, que treinou o Sp. Braga e foi contratado pelo Zawisza da Polónia, também queria Rambé, elemento que teve a chance de orientar quando passou pelos algarvios. Refira-se ainda que o cabo-verdiano era um dos elementos do atual plantel que Lito Vidigal admitia prescindir para a nova época.