Guilherme Teixeira 
Na passada quinta-feira os Radio Moscow subiram ao palco do RCA em Lisboa para apresentarem a sua fórmula secreta para o Rock. Antes deles, foram os Fuzzil a aquecer as hostes para a banda americana.
A Primavera chegou a Portugal ao som do rock psicadélico e blues dos Radio Moscow. A banda de Iowa regressou nesta semana ao nosso país para actuar nas cidades do Porto e de Lisboa. Com “New Begginings” de 2017 ainda registado como o disco mais recente na discografia dos Radio Moscow, este regresso seria uma forma de celebrar a música que os fãs da banda já bem conhecem.
Antes disso, houve tempo para os Fuzzil apresentarem algumas faixas a um RCA ainda a compôr-se. Começando à hora exacta que estava marcado, o concerto dos Fuzzil foi uma primeira parte tirada à medida de uma bela noite de rock, como é habitual viver-se por aqueles lados de Alvalade. A banda de Alcobaça têm um som recheado de Fuzz e um reportório que fez os presentes aglomeraram-se à frente do palco enquanto esperavam por Radio Moscow.
A banda portuguesa aproveitou a oportunidade para revelar algumas músicas novas que farão parte dum futuro album de estreia, ainda sem data divulgada. Um dos momentos de maior destaque do concerto foi a dedicatória de uma das músicas por parte do baixista Wilson Rodrigues a um mestre seu de artes marciais que tinha falecido poucos dias antes. Um momento de homenagem e de intimidade com o público.
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Às 22:35 era chegada a hora dos cabeças-de-cartaz da noite. Os Radio Moscow subiram antes dessa hora ao palco para preparar os instrumentos, e estavam prontos para serem pontuais. Começando logo com a faixa-título do último álbum, percebeu-se que o alinhamento do concerto se iria basear mais em “New Begginings”. E assim foi. No entanto as grandes malhas da carreira da banda passaram pelo RCA, tal como “Deep Blue Sea” ou “250 Miles”.
A banda constituída por Parker Griggs (voz e guitarra), Anthony Meyer (baixo) e Paul Marrone (bateria) terminava em Lisboa a sua digressão europeia, logo queriam que essa noite foi especial. Concretizou-se, fazendo o que sabem fazer melhor, rockar. O público que enchia o RCA respondia com êxtase a cada riff sacado por Parker ou com o solo de Marrone. O público queria festa, a banda também.
Para o encore ficou talvez aquela que é a maior música da banda: “250 Miles”. Era impossível ver alguem parado na plateia, e o público deu por bem empregue os gritos de “só mais uma!” antes do encore. Finalizando com “Pacing”, o concerto foi aquilo que se esperava daquela noite. Rock psicadélico misturado com blues nao fez mal a ninguém, e poderá até curar as alergias típicas da Primavera.
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