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“Quero terminar a minha carreira no Belenenses” – Carlos Martins

“Quero terminar a minha carreira no Belenenses” – Carlos Martins

Carlos Martins falou hoje à equipa de comunicação da SAD do Belenenses, referindo que se sente bem para continuar a jogar e que enquanto tiver vontade de ganhar continuará a jogar, sendo que considera o emblema do Restelo o clube certo para terminar um dia a sua carreira.

Confira a entrevista na íntegra abaixo:

“Carlos Martins dispensa apresentações. Aos 34 anos vai iniciar a terceira época de cruz ao peito e diz-se motivado e com ambição de continuar a espalhar magia pelos relvados. Sente-se “feliz e orgulhoso” por representar o Belenenses e assume querer terminar a carreira no Restelo. A experiência traz-lhe mais responsabilidade no balneário, mas a liderança é partilhada por todos. O ‘maestro’ abordou ainda a primeira semana de pré-temporada, os reforços, para além da questão do mau feitio…

Vais começar a terceira época no Belenenses. Que balanço fazes dos últimos dois anos?
– Um balanço muito positivo, quer a nível pessoal como profissional, porque fui muito bem recebido. Estou num clube com o qual me identifico, tratam-me bem e eu também tenho muito carinho por todos. Tem corrido bem, mas espero sempre melhorar a cada ano que passa. É sempre esse o meu objetivo, porque não quero ficar conformado.

Quais foram as razões que te levaram a assinar pelo Belenenses?
– A confiança que a Administração da SAD me transmitiu foi fundamental, senti que seria uma mais-valia. Por outro lado, a questão familiar também foi essencial, sobretudo pelo meu filho. Além disso, sempre gostei do clube, sempre me identifiquei e disse que só jogaria no Belenenses.

Foi, portanto, a melhor decisão para a tua carreira?
– Sem dúvida. É o clube certo para mim e sinto-me muito feliz e orgulhoso por representar o Belenenses.

És o jogador mais experiente do plantel. É algo que te dá um acréscimo de responsabilidade dentro do balneário?
– Qualquer profissional de futebol tem de ser responsável, seja com 18 ou 34 anos. Sinto que olham para mim como um exemplo a seguir, devido ao que conquistei na minha carreira, mas responsabilidade todos temos de a ter.

Sentes-te um líder?
– Sinto que me ouvem quando é necessário, mas não me intitulo como líder, porque cada um é líder à sua maneira. Todos temos um pouco de liderança em cada um de nós.

És um dos jogadores mais acarinhados pela massa associativa. Em que medida esse apoio é importante na motivação diária?
– Qualquer jogador gosta de ser apoiado pelos adeptos, mas o futebol tem fases. Não podemos estar sempre felizes quando somos acarinhados, mas também não nos podemos ir abaixo quando somos criticados. Tem de haver um meio-termo. Sei que as pessoas gostam de me ver dentro de campo, mas também é uma responsabilidade acrescida.

É verdade que tens mau feitio?
– Acho que não (risos). No futebol somos uma coisa e fora somos outra. Todos nós erramos e, por vezes, as pessoas que não estão por dentro podem-nos catalogar. Qualquer decisão ou atitude terá de ser pensada por mim e eu assumo todas as minhas posições.

Como tem corrido a primeira semana de pré-época?
– Tem corrido bem. Os primeiros dias são sempre complicados, mas este sofrimento faz parte. Este mês e meio depois das férias é a fase menos boa desta profissão, mas sabemos que também é uma etapa decisiva para o resto da temporada.

Quais as perspectivas para a próxima época?
– A nível pessoal espero realizar o máximo de jogos possíveis, não ter lesões e ajudar a equipa a alcançar todos os objetivos.

E quais são esses objetivos?
– Esperamos fazer um bom campeonato e ir longe nas Taças, mas vamos jogo a jogo e no final fazemos as contas. É certo que existe muita ambição no grupo e ainda bem, porque isso nunca pode faltar. Queremos sempre conquistar mais do que já conquistámos.

O plantel tem algumas caras novas em relação à última temporada. É certo que ainda é cedo para tirar conclusões, mas acreditas que os reforços serão uma mais-valia para a equipa?
– Nos jogos é que se vai ver, mas certamente que quem contratou sabe o que está a fazer e quer ver o plantel com mais soluções e com mais potencial. Até agora vejo que estão todos a integrar-se bem e a trabalhar com empenho, mas ainda é muito cedo para avaliar.

Dois desses reforços (Bernardo Dias e Gonçalo Tavares) são ainda bastante jovens. O que pensas desta aposta na formação?
– Acho bastante adequado e penso que, cada vez mais, devia-se apostar nos mais jovens. O plantel só tem a ganhar com esta mistura entre juventude e experiência. São dois meninos com talento e que estão a trabalhar bem. Mas agora têm de ser acompanhados, ter sorte em apanhar bons colegas que os ajudem a crescer e quando entrarem que as coisas lhes corram bem.

É uma possibilidade terminar a carreira no Belenenses?
– Sim, não me vejo a sair daqui. Desde que as pessoas me queiram, eu vou sempre dar o meu melhor. No momento em que acharem que já não sou útil, sairei no mesmo dia sem qualquer problema, mas é aqui que quero terminar a minha carreira.

Aos 34 anos, até quando pensas continuar a jogar?
– Até ter paixão e ambição naquilo que faço. Enquanto tiver vontade de ganhar, como ainda tenho, hei-de jogar futebol. Além disso, os meus filhos também adoram ver-me jogar e sinto que estou numa boa fase da minha vida.

O que te falta ainda fazer no futebol?
– Nada. Só quero que nunca me faltem as forças!”

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