in

O primeiro treino de rugby

O primeiro treino de rugby

A Comunidade Azul acompanhou o inicio dos treinos de rugby com o escalão sénior, agora treinados por João de Sousa Uva. Fomos muito bem recebidos pelo diretor da modalidade Miguel Mercês de Mello , que nos apresentou ao nosso treinador, e á equipa, e fomos muito bem recebidos por todos.

João Uva é o treinador da equipa principal, diretor desportivo e coordenador da modalidade em todos os escalões de formação. O primeiro impacto que se tem com a equipa, é de grande camaradagem e de união entre o grupo. Relativamente ao treino, foi bastante intenso e com um treinador no ativo como jogador. No tempo em que estivemos presentes, houve poucas paragens no treino para correções de jogadores e de posições. Um treino com aprendizagens modernas, apesar de nesta altura João Uva poder contar com poucos jogadores, mas que apesar de curto de jogadores uns por estarem ao serviço da selecção de Sevens, e outros por ainda estarem de férias, foi longo de campo, porque ocupou o campo inteiro.
Apesar de ser um plantel apenas composto por jogadores da casa, João Uva vai fazer um excelente trabalho á frente da nossa equipa de rugby. Boa sorte para todos.

Entrevista a João de Sousa Uva
Foi um projecto aliciante regressar ao Belenenses?

– Foi um projecto que eu sempre desejei, a verdade é essa. Nascido e criado no clube, por todo o historial que eu tenho acaba por ser um processo natural, agora um pouco mais velho, agora na parte de treinador, pela experiência internacional que tive, fui convidado a liderar um projecto. Pela maneira que eu vejo as coisas, o Belenenses, e no rugby moderno, e nos clubes mais desenvolvidos, tudo funciona de uma forma transversal, com os mesmos sistemas de treino, os mesmos planos de jogo, a mesma metodologia e a mesma abordagem técnica, e então foi isso que me propus a fazer no Belenenses. Basicamente modernizar de cima a baixo, a cultura, a filosofia, o nível técnico, envolver os treinadores num debate, para criar um mecanismo idêntico para que depois a seu tempo nós consigamos criar uma fabrica de jogadores, em que esses jogadores vêm cause mecanizados, como uma linha de montagem, com um talento, para jogarem nos seniores, prontos para serem competitivos, prontos para ganhar, e depois ganhar o talento natural dos atletas, e pôr o talento ao serviço do clube. Mas basicamente criar uma metodologia de trabalho transversal, com a mesma linguagem. É isso que eu me proponho fazer, e a estratégia.

Os objetivos para esta época, que é a tua primeira como treinador principal, diretor desportivo e ainda o trabalho com a formação, apesar da tua larga experiência no estrangeiro?
– Muito trabalho para todos os escalões. Quero implementar o sistema de treino de forma transversal, quero envolver os treinadores num debate, quero envolver os treinadores da formação, que são de uma nova geração de treinadores, quero que esses treinadores pensem por si, que pensem o jogo, que desenvolvam mecânicas de trabalho, sempre em prol do clube, sempre em prol da estratégia que definimos, isso é um objectivo que definimos como diretor de rugby. A nível de treinador de seniores, implementar um sistema de jogo bem dinâmico, implementar uma filosofia de conhecimento próprio do jogo, tem que haver um conhecimento melhor do jogo por parte dos jogadores. Uma das coisas que senti, quando voltei as costas de jogador para as de treinador, é que existiam muitos conceitos, e o que eu agora aprendi, é que se alguém mos tivesse ensinado, eu tinha sido muito melhor jogador do que fui. E eu agora gostava de importar isso para a equipa, desenvolver os jogadores com motivação própria, e que consigam entender o jogo. Obviamente que depois temos de entrar em campo para ganhar, sempre, isso é o objectivo maior! Mas agora o objectivo número um é desenvolver a estrutura, desenvolver jogadores, atletas, filosofia de clube, filosofia de equipa e entrar para ganhar em todos os jogos.

Falando agora dos treinadores da formação. É fácil de falar sobre a nova filosofia de trabalho?
– Pelos treinadores acho que sim. Recebi um relatório de todos os treinadores dos anos recentes, e todos falam em trabalho de continuidade, mais em conformidade, que existisse um “guarda-chuva” que envolvesse tudo. Então chegando eu, que apesar de muitos anos de clube, e conhecendo muita gente aqui dentro do clube, com esse projecto e com essa vontade de abraçar tudo, e agora começamos todos a falar a mesma linguagem, a receptividade foi ótima. Agora depois o próprio plano de jogo, o plano de treino, isso é uma coisa que vamos trabalhar sobre a minha liderança e a minha coordenação, mas vou exigir que exista trabalho dos treinadores, porque uma das coisas que eu aprendi, quando uma pessoa começa a fazer, começa a estudar, começa a aprender, começa a empenhar-se naquilo que faz. Se for eu a implementar, é diferente do que se for criado em conjunto do clube para clube, essa vai ser a filosofia que eu gostava de implementar.

Vai demorar tempo a implementar a filosofia?
– Vai. Porque apesar de tudo não somos profissionais. Temos dois a três treinos por semana. É de difícil gestão por causa dos pais, dos estudos do tempo, etc. Há muitas envolventes, há muitas características envoltas ao clube, o facto de alguns escalões treinarem num sitio, outros escalões treinarem noutro, mas acho que se nós tivermos um mapa e soubermos para aonde vamos, havemos de chegar lá, mas se não tivermos um mapa e se não soubermos o caminho, vamos sempre continuar a andar e andaremos sempre perdidos.

O teu plantel já está fechado, ou ainda faltam algumas peças?
– Vamos apenas contar com a prata da casa, com a filosofia que gostava de implementar, temos de desenvolver o clube. Neste momento estou mais preocupado em construir um espírito de clube e de grupo, que propriamente que chamar peça A, ou peça B ou C. Vai fazer falta algumas peças, porque ficamos curtos, porque temos alguns atletas na seleção de Sevens, depois vão outros para a seleção de Quinze, mas os mais novos também vão ter oportunidades. Eu num mundo perfeito gostava é de ver o clube a ganhar jogos, com miúdos de vinte anos.

O primeiro treino de rugbyGoogle Notícias

Siga o CA Notícias na Google e leia as notícias em primeira mão!
«Plantel para surpreender»

«Plantel para surpreender»

Calendário Nacional 2014/15

Calendário Nacional 2014/15