Castores saltam cinco lugares com uma equipa à imagem de Paulo Fonseca
ADN identificado. Um meio campo forte e ágil, à imagem de Paulo Fonseca, foi o segredo para o Paços de Ferreira impor ao Belenenses a segunda derrota da Liga, à 6.ª jornada, e saltar cinco lugares na classificação.
Os homens do Restelo até podiam sair da Mata Real com o segundo lugar isolado, mas, para isso, tinham que vencer os pacenses. Com apenas uma vitória, e no 14.º lugar, teoricamente, os castores pareciam um adversário acessível, mas, mal soou o apito final, a teoria deu lugar a uma prática completamente distinta. O Paços entrou melhor e começou de imediato a visar a baliza de Matt Jones.
Com quatro pedras sólidas no meio campo: Sérgio Oliveira, Seri, o regressado Manuel José, e um endiabrado Urreta, a bola pouco parava nos pés dos jogadores pacenses. O corredor esquerdo, com Hélder Lopes (novamente) muito dinâmico, e Bruno Moreira esforçado e preciso, era o setor mais perigoso, já que, apesar de Manuel José ter tentado por várias vezes servir Cícero, este anda desentendido com a baliza.
O Belenenses entrou cauteloso, comme il faut, tentando fechar os caminhos da baliza e apostando nos contra-ataques rápidos para chegar junto a Defendi. Aos 18 minutos, Miguel Rosa conseguiu isso mesmo, chegar à área adversária, e só a intervenção oportuna de Hélder Lopes impediu que fizesse o 1-0.
Na resposta, Bruno Moreira colocou para Urreta, que fez uma arrancada até à área e, quando chegou junto a Matt Jones fez um chapéu ao guarda-redes do Belenenses. Estava aberto o marcador, e o jogo também.
O Belenenses queria responder ao golo, o Paços queria ampliar a vantagem. Seguiram-se 10 minutos de lances em ambas as balizas, que poderiam ter resultado em golo. Fábio Sturgeon remata para a defesa de Defendi. Sérgio Oliveira atira por cima. E Matt Jones atira-se aos pés de Cícero para impedir o remate.
O intervalo chegou com o empate e, embora os números do marcador parecessem parcos, a vantagem traduzia a superioridade pacense em campo.
O Belenenses chegou para a segunda parte determinado e começou a atacar a baliza de Defendi, obrigando o Paços a recuar. Miguel Rosa atirou ao lado e os centrais pacenses tiraram algumas bolas com selo de golo. Deyverson ainda colocou a bola dentro da baliza, mas estava em fora de jogo e foi invalidado. Mas acabaria por ser o Paços a ampliar. Após um cruzamento da esquerda, o avançado rematou na área, para o 2-0.
Até ao final, o Paços fez um verdadeiro ataque à baliza de Matt Jones. Bruno Moreira ainda voltou a colocar a bola na baliza, mas estava em fora de jogo, e o golo foi invalidado. Cícero teve, por diversas vezes, o golo nos pés, mas conseguiu rematar por cima e ao lado, mas nunca para o sítio certo. Quase no final, Vasco Rocha ainda atirou à trave, mas o marcador não voltaria a mexer.
P. Ferreira-Belenenses: 2-0 (destaques)
O Momento
Minuto 18: A prova de que no futebol, tudo muda em alguns instantes. Num momento, Miguel Rosa está a fazer um remate à baliza que Hélder Lopes impediu, in extremis, de dar o primeiro golo do encontro aos visitantes, numa altura em que o Paços até estava a jogar melhor. No momento seguinte, após Defendi ter colocado a bola para o meio campo, Bruno Moreira deixa para Urreta, que faz uma arrancada até chegar à área, e termina com um chapéu a Matt Jones, colocando o Paços em vantagem.
Outros destaques:
Miguel Rosa: Tentou, tentou, e esteve tão perto do golo. Logo aos 18 minutos, com o jogo ainda empatado a zero, foi Hélder Lopes quem lhe roubou o golo. Num jogo em que não esteve ao nível habitual, também por culpa do adversário, foi dos mais perigosos do Belenenses, mas não conseguiu faturar.
Palmeira: A ocupar a posição de lateral direito, na ausência de Nélson, parecia, ainda assim, estar em todo o lado, aparecendo também muitas vezes na área adversária. Terminou o jogo exausto devido a essa (tentativa de) omnipresença.
Por
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Fonte: Crónicas Azuis