As viagens prometidas para o novo ano são fascinantes e começam já no mês de Janeiro, com obras como a Sinfonia do Novo Mundo de Dvořák e Amèriques de Varése, pela Sinfónica, e várias estreias nacionais tais como Tehillin de Steve Reich, que junta o Remix Ensemble ao Synergy Vocals.
Uma nova edição do programa Casa Aberta estende-se por cinco dias com ensaios abertos, palestras, visitas guiadas, instalações, dança, cinema, espectáculos para famílias e uma noite especial non-stop.
Mas o ano novo não pode começar sem as tradicionais valsas e polcas na Sala Suggia. Nuno Ventura de Sousa abre o Ciclo de Piano e ao longo do mês assinala-se o arranque de outros ciclos que irão marcar a programação : a Integral das Sinfonias de Tchaikovski e as Grandes Canções Orquestrais.
E, como poderá ver já a seguir, estão longe de se esgotar aqui as razões para entrar connosco em 2019 e no Novo Mundo.
NUNO VENTURA DE SOUSA · 08 JAN
Nuno Ventura de Sousa piano
Franz Schubert Sonata em Si bemol maior, D. 960
Nikolai Medtner Sonata em Mi menor, op. 25 nº 2, “Vento da Noite”
Nuno Ventura de Sousa é o jovem pianista que abre o Ciclo de Piano 2019. Vencedor de cerca de 40 concursos nacionais e internacionais, o músico portuense de 22 anos diplomou- se recentemente na Universidade do Norte do Texas sob a orientação do reputado pianista Vladimir Viardo, e realiza neste momento o mestrado em Viena com outra figura lendária, Jiracek von Arnim. Após numerosos recitais na Europa, EUA e Japão, regressa à Casa da Música com duas obras de grande envergadura, verdadeiros monumentos do repertório para piano. A Sonata D.960 é uma das últimas obras que Schubert compõe antes de morrer. De dimensões gigantescas e com belíssimos momentos líricos, é uma espécie de testamento do compositor. Não menos monumental é a Sonata de Nikolai Medtner, dedicada pelo grande compositor russo ao seu amigo Sergei Rachmaninoff, que rapidamente reconheceu a sua qualidade extraordinária.
DAR NOVOS MUNDOS AO MUNDO · 11-27 JAN
Os agrupamentos residentes levam-nos em viagem pelas Américas no arranque do novo tema da programação, desta vez não apenas um país, mas um lado inteiro do mundo – o Novo Mundo. Tudo começa com as grandes celebrações sinfónicas das identidades americanas: a dos Estados Unidos por Dvořák, a do mundo maia por Ginastera. Vamos conhecer os primeiros compositores naturais dos Estados Unidos, activos no tempo da independência, relembrar os incontornáveis Gershwin e Bernstein, ouvir obras de Claude Vivier e Steve Reich nunca antes tocadas em Portugal. Sem esquecer um clássico do modernismo americano, Amériques, a primeira obra do francês Varèse após chegar aos Estados Unidos. Em busca de mundos recheados de fantasia, o Serviço Educativo leva os mais novos ao Sítio do Pica-Pau Amarelo.
CASA ABERTA · 16-20 JAN
As visitas guiadas permitem descobrir a Casa da Música nas suas diversas vertentes. Durante cerca de uma hora e sob a orientação de um guia, pode ficar a conhecer o edifício projectado por Rem Koolhaas, passando pelos detalhes arquitectónicos, as múltiplas funcionalidades da Casa e ainda a programação artística.
GAL COSTA · 23 JAN
Gal Costa apresenta o álbum mais recente A Pele do Futuro, que inclui músicas inéditas como “Palavras no Corpo” (Silva/Omar Salomão), “Sublime” (Dani Black), e outras escritas por figuras como Gilberto Gil, Djavan, Adriana Calcanhotto, Nando Reis, Jorge Mautner e Marilia Mendonça.
SONHOS DE INVERNO · 25 JAN
ORQUESTRA SINFÓNICA DO PORTO CASA DA MÚSICA
Michail Jurowski direcção musical
Rafael Kyrychenko piano
Piotr Ilitch Tchaikovski Concerto para piano e orquestra nº 1
Piotr Ilitch Tchaikovski Sinfonia nº 1, “Sonhos de Inverno”
O multipremiado pianista português Rafael Kyrychenko, que estudou na Bélgica com Maria João Pires e Daniel Blumenthal, interpreta um dos Concertos para piano mais célebres de sempre. Nele, Tchaikovski combinou elementos do folclore russo, ritmos de dança e melodias lindíssimas que são orquestradas com o requinte da melhor tradição sinfónica. O programa inclui ainda a Primeira Sinfonia do compositor russo, uma obra escrita numa fase inicial da sua carreira mas que revela já uma inventividade prodigiosa em melodias que descrevem as paisagens invernais da Rússia.
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