Finalmente chegou o dia. A espera terminou e os fãs de Nicholas Sparks tiveram a oportunidade de conhecer pessoalmente o autor americano. A tarde de 21 de Outubro foi repleta de livros, risos e muitos… MUITOS autógrafos! O autor de êxitos como O Diário da Nossa Paixão, As Palavras que Nunca te Direi e Juntos ao Luar, veio apresentar o seu mais recente livro, intitulado Só Nós Dois, publicado em Portugal pela editora ASA, do grupo LeYa, em 2016.
O Picadeiro Real, antigo Museu dos Coches, em Lisboa, foi o local escolhido para receber o escritor. Uma sala ampla e belíssima, cheia de arte e de coches antigos com os mais bonitos ornamentos. Melhor escolha era impossível. Um pequeno palco esperava Sparks e Fátima Lopes, que dirigiu a entrevista ao autor e o acompanhou nesta sua passagem por Lisboa. Feita em inglês, a conversa entre os dois foi rápida e fluída, de modo a sobrar tempo suficiente para cada fã ter o seu livro assinado.
De entre os assuntos abordados, Sparks confessou considerar-se um homem comum que teve a benção de receber todo o sucesso e todo o carinho que os seus leitores lhe dão. Afirmou estar grato pelas pessoas à sua volta, especialmente a família, sem as quais a sua carreira não era possível. Mostrou também ser uma pessoa descontraída, divertida e optimista, que tenta aproveitar cada momento da sua vida.
Quando questionado sobre o seu trabalho e sobre o processo criativo das suas obras, Sparks afirmou divertidamente que tem tendência a procrastinar antes de mergulhar em várias horas de escrita. Primeiro toma café, depois vai ver os e-mails e ainda mete música a tocar para gerar um ambiente de concentração. Para ele, a escrita pode ser um trabalho árduo e este último livro, Só Nós Dois, foi definitivamente um cujo processo o deixou exausto. Quando chegou ao fim, não hesitou em enviá-lo para revisão.
Como inspirações, o escritor Norte-americano declarou que as pessoas comuns do dia-a-dia são as que mais o inspiram na criação de novas personagens. Através delas, aborda temas da vida social relacionados com o amor, a amizade e a família, e também alguns assuntos mais problemáticos, como o divórcio, a violência e a morte. O seu objectivo é sempre escrever livros que se aproximem ao máximo da vida real. Contudo, Sparks não sabe exactamente explicar a “magia” do processo criativo, escrevendo sempre com base em inspirações momentâneas que o envolvem nas horas de trabalho. Geralmente, quando dá início a um livro, consegue ter uma ideia do número de páginas que este terá. Para além disto, afirmou que a leitura é, para si, fundamental.
No fim da conversa, Nicholas Sparks deu, a pedido de Fátima Lopes, uma mensagem de agradecimento ao público presente por tudo o que lhe têm dado ao longo da sua carreira. Esta não é a primeira vez do escritor em Portugal, sendo o nosso país um dos países da Europa onde o autor mais vende as suas obras, até mais do que em França e no Reino Unido. De seguida, deu-se início à sessão de autógrafos, onde não faltaram muitas fotografias com os fãs que formavam uma fila gigante. Todos saíram do Picadeiro Real com um livro assinado, depois de algumas palavras trocadas com o autor.
Cobertura escrita: Miguel Ângelo Gomes | Cobertura fotográfica: Joana Maria