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Malapata: Conversa com Luís de Matos e Mário Bomba

Malapata: Conversa com Luís de Matos e Mário Bomba

A CA Notícias esteve na companhia do elenco de Malapata para saber um pouco mais sobre a primeira longa-metragem de Diogo Morgado Malapata.

Depois de conversarmos com Pedro Morgado, Marco Horácio e Ana Malhoa, estivemos à conversa com Luís de Matos e Mário Bomba, os “vilões” do filme Malapata.

Nesta conversa ficámos a conhecer os caminhos cruzados da Magia e do Cinema, com uma grande aula de história do Luís de Matos. Confidenciou-nos que aceitou o convite antes de saber do que se tratava  algo por si já é um inicio mágico – e que o cinema, enquanto narrativa ou espectáculo sobre a tela, foi inventado por um mágico, Georges Melies. Também a claquete, dispositivo usado no cinema para identificar planos e sincronizar áudio e imagem, foi inventado por um mágico chamado Leon M. Leon.

Já por sua vez, Mário Bomba estava num território que conhecia bem (a comédia) mas que apesar disso apresenta sempre novos desafios, tendo contribuído para o bom resultado final a entrega e o grande coração de todo o elenco que acabou por ser uma forma de magia.

Sobre as personagens que interpretam, Mário Bomba compara a sua personagem com aquela pessoa arrogante que, infelizmente, cruzamos-nos várias vezes no dia-a-dia. Por sua vez, Luís de Matos faz de Luís de Matos – um papel que faz há muitos anos – numa versão maléfica, que até foi bem aceite por ser capaz de se rir de si próprio. O convite para o filme, veio da longa amizade com o Diogo Morgado que já tinha assistido várias vezes ao espectáculo “CHAOS” e que quis transportar um momento do espectáculo – que duraria cerca de 14 minutos – para o filme – passando para cerca de 12 segundos.

Houve também um momento de reflexão sobre a situação actual do cinema português, que Mário Bomba tenta ver pela positiva, dando como exemplo este filme, onde – apesar dos poucos ou nenhuns apoios – houve o engenho e a vontade para seguir em frente num filme com muita alma e coração, reflectida em cada fotograma.

A quantidade de filmes sobre a temática da magia também foi tópico de conversa, onde foram recordados os inúmeros filmes produzidos – Now You See Me, Harry Potter, Doctor Strange, entre outros – que são potenciados, segundo Luís de Matos, pelo objectivo semelhante do cinema e da magia – “transpor as pessoas para uma realidade que não existe mas que se toma como verdadeira num determinado período de tempo“. A diferença está que num espectáculo de magia ela pode ser vista ao vivo, enquanto que no caso do cinema pode ser revisitada cada vez que se vê o filme. “As pessoas acabam por procurar estes conteúdos pois, quanto mais oportunidades existirem para alhearem-se do lado mais vulgar e cruel que a vida tem, melhor “- concluí Luís de Matos.

Para finalizar, o que faziam com um bilhete premiado? A resposta de Luís de Matos foi rápida, patrocinar o Malapata 2 (desde que não fosse amaldiçoado). Mário Bomba, faria o mesmo, a não ser que o bilhete fosse amaldiçoado. Nesse caso, iria tentar esquecer-se dele porque não lida muito bem com maldições.

Iremos continuar a publicar as outras entrevistas com o elenco do Malapata, sendo que podem já ver a do Pedro MorgadoMarco Horácio e Ana Malhoa.

Não se esqueçam, temos convites para as antestreias de Gaia e Faro aqui: https://wp.me/p7vmVb-WfQ.

Pedimos desculpa pela qualidade de som e imagem.

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