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Mafia II: Definitive Edition (PS4) | Análise Gaming

Mafia II: Definitive Edition (PS4) | Análise Gaming

Mafia II: Definitive Edition tenta ser, tal como o nome indica, a versão definitiva deste jogo, e uma parte integral do Mafia Trilogy que chegará dentro em breve às lojas. Conheça aqui a nossa opinião sobre esta remasterização de Mafia II.

Dez ano se passaram desde que Mafia II foi lançado inicialmente que, na altura, saiu para PlayStation 3, Xbox 360 e PC pela 2K Czech.

Após alguns anos de espera, Mafia II chega às consolas desta geração, numa versão melhorada, um dos três jogos da trilogia a chegar às lojas. O que é estranho é a ordem de lançamento destas versões definitivas dos jogos desta trilogia, porque todos esperávamos voltar primeiro encarnar o taxista Tommy Angelo em Lost Heaven de Mafia I, mas o remaster chega mais tarde.

Vamos, então agora, focar-nos em Mafia II: Definitive Edition. O jogo passa-se nos Estados Unidos, na década de 40 e de 50. Contamos com um jogo de mundo aberto, numa cidade fictícia, a Empire Bay, mas não façam desde já comparações com o GTA porque aqui temos muito menos interação com os pedestres no cenário e também não temos a violência que encontramos no jogo da Rockstar.

A 2K tem aqui uma perfeita ambientação do universo vivido naqueles anos, com tudo a bater certo: desde as roupas, aos carros, passando pela própria construção da cidade, com várias motivos de interesse a explorar. Claro está que vais acabar por te colar muito à história, porque estás sempre com alguma missão, o que, consequentemente, acaba por te fazer explorar menos Empire Bay. Os collector’s também são poucos… são mais os posters dos maiores mafiosos da cidade e algumas revistas Playboy, com capas bem giras, por sinal.

A banda-sonora está bem fiel à época, com alguns dos mais icónicos temas da altura a passar no rádio do teu carro, a fazer lembrar o que vemos em GTA, como por exemplo The Andrews Sisters – “Rum and Coca Cola” e “Straighten Up and Fly Right” ou o clássico de Rosemary Clooney – “Mambo Italiano”. Este jogo também tem um excelente voice acting, que passa mesmo a imagem da máfia italiana vista em filmes como o Padrinho ou o mais recente Irishman.

Mafia II: Definitive Edition ainda não se encontra completamente lapidado para a sua versão melhorada, porque notamos algumas quebras no framerate, principalmente quando está muita coisa a acontecer no ecrã. Nada de assustador ou impeditivo de jogar, mas que acaba por defraudar um pouco a experiência.

Os gráficos estão melhores do que na versão original, mas, claramente, se nota que se trata de um remastered e não de um remake. O jogo tem pormenores claros de um Triple A, como o simples reflexo num espelho ou detalhes mais profundos, mas, num espectro geral, está mais bonito e mais actual e isso nota-se bem.

Onde fizeram um trabalho evidente foi na Iluminação do jogo, que em partes está muito bonito mesmo. Tirando os túneis de noite, em que a luz te ofusca por completo, de noite o jogo vive muito mais que o primeiro e se tiveres uma TV com HDR, então, vais ficar mesmo impressionado com a escuridão do jogo.

As expressões das personagens tão bem melhores. Nota-se principalmente nas testas dos personagens, com as dobras bem mais realçadas, levando as expressões faciais a outro nível. 

Em Mafia II, jogamos como Vito Scaletta, um jovem que acaba na Segunda Guerra Mundial, mais propriamente em Itália, numa luta contra os nazis. Vito acaba ferido e é enviado de volta aos Estados Unidos. Quando volta, depara-se com uma situação financeira má. Pronto para ajudar a família de qualquer modo, Vito acaba por restabelecer a ligação com um amigo de infância, o Joe, que, já na altura de crianças, não era flor que se cheirasse… agora, então, é um mafioso por completo. Ele arranja uns papéis falsos para Vito ser dispensado do serviço militar. Os dois juntos, começam, então, em esquemas para conseguir dinheiro e, para isso, envolvem-se em crimes, fazendo um network de criminosos locais: os verdadeiros chefes da máfia.

As missões, basicamente, surgem sempre do mesmo modo: falamos com um dos chefes da máfia, ele dá a missão. Nós pegamos num carro, o nosso ou roubado, vamos até um local definido no mapa e roubamos o que tivermos de roubar e voltamos com o resultado do roubo. Nisto vamos ter tiroteios para dar e vender, com outros grupos de criminosos, ou mesmo com a polícia. Vais ter de vestir-te de eletricista, limpador de janelas, etc., para não chamar a atenção, fazendo lembrar o Hitman. Temos, então, de mudar de roupa de modo a não sermos mais detetados pela polícia; ao roubar carros, temos de os modificar para o mesmo efeito, etc.. Temos várias atividades interessantes para fazer e, se o jogo fosse maior, poderia tornar-se um pouco repetitivo… porém, o jogo acaba por ter um bom equilíbrio, já que estamos a falar de umas 11 a 12 horas de gameplay até terminar a história. 

Passamos, realmente, muito tempo atrás do volante e a conduzir carros icónicos dos anos 40 e 50. Todos os carros curvam pouco, andam pouco, como seria de esperar. O jogo aqui abusa um pouco da quantidade de polícias da cidade. É praticamente impossível andar à vontade sem passar por carros da polícia, que, além de te perseguirem, caso tenhas roubado um carro e tenhas sido detectado, também te passam multas de excesso de velocidade e isto acaba por tirar-te um pouco a diversão de acelerar no jogo. 

No jogo podemos andar, correr, andar em modo stealth, arranjar cobertura em paredes, etc. O sistema de mira é um pouco preso e, às vezes, é bastante fácil dar um headshot… fácil demais, até. Outras vezes, parece que tem algum bug e que fica preso, não conseguindo apontar. E acreditem que temos de tentar ser o mais certeiros possível, visto que a munição do jogo não abunda.

Mafia II também tem um sistema de brawler, em que temos de treinar o nosso timing de contra-atacar os nossos adversários. Vito consegue esquivar-se ao deixar pressionado o botão de esquiva e, quando há uma aberta depois de um ataque adversário, podemos atacar usando os muros fracos ou fortes e, quando o adversário fica fraco, carregamos no círculo para acabar com ele em grande estilo.
 

Este jogo acaba por ter o mesmo problema do LA Noire: tem um mapa de mundo aberto? Sim, tem. Mas ganhas alguma coisa com isso? Não! A história do jogo é bem interessante e faz-te viajar, e muito bem, a esta época da máfia pelos olhos de Vito. As mecânicas do jogo poderiam ter sido melhorados nesta reedição do jogo… mas, numa perspetiva geral, penso que poderiam ter inserido side missions para aproveitar o mundo criado pelo jogo. Contudo, não deixa de ser um bom aperitivo para a chegada do Mafia I, esse sim, um remake e o verdadeiro chamariz desta trilogia. 

 

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