Depois de muitos rumores e apelos de boicote, Madonna atuou, este sábado, na final do Festival Eurovisão da Canção. A cantora norte-americana cantou “Like a Prayer” e “Future”, tema do próximo álbum “Madame X”, em parceria com o rapper Quavo.
Contudo, a participação da artista ficou marcada por um momento político: dois bailarinos, um com a bandeira de Israel e outro com a bandeira da Palestina apareceram no final da atuação, abraçando-se enquanto, no palco, apareceram as palavras “Wake Up” (“Acordem”, em português).
Este momento escapou à organização do certame que tentou, sem sucesso, mudar os planos das câmaras, uma vez que não são permitidas demonstrações políticas no evento.
“Na transmissão ao vivo, dois bailarinos de Madonna usaram, num curto espaço de tempo, bandeiras de Israel e Palestina nas suas roupas. Este elemento do desempenho não fazia parte dos ensaios esclarecidos com a EBU/UER e a KAN. O Festival Eurovisão é um evento não político e a Madonna foi informada” informou a EBU/UER em comunicado.
The only good thing about #Madonna performance #Eurovision #Eurovision2019 @bbceurovision pic.twitter.com/rzlETw9EUV
— P Will (@newwales) May 18, 2019
Antes de atuar, Madonna deixou uma mensagem aos 41 concorrentes: “são todos vencedores”. “Acredito nisso, porque chegar aqui não foi fácil”, afirmou.
A ‘rainha da pop’ pediu a todos os que a ouviam que “nunca subestimem o poder da música para juntar as pessoas”, e citou “uma grande canção”, da sua autoria, “Music”, na qual canta “music makes the people come together” (a música faz as pessoas unirem-se, em português).
Em abril, o músico Roger Waters, dos Pink Floyd, aconselhou Madonna e todos os concorrentes do 64.º Festival Eurovisão da Canção a lerem a Declaração Universal dos Direitos Humanos e boicotarem o concurso musical.