Luis Santos 
Mais uma saída à Madeira, mais três pontos a disputar com a manutenção do 6.º lugar em mente. Uma vitória ou no mínimo o empate seria de bom proveito visto que as equipas logo abaixo do Belenenses na classificação em caso de vitória ou ultrapassam ou ficam iguais, caso de Rio Ave, Paços de Ferreira e Nacional.
Agora os insulares, o Marítimo é uma equipa muito forte, joga num campo sempre difícil, e tem adeptos que elevam a sua equipa quando as coisas parecem desfavoráveis. Comparativamente com os outros Madeirenses, o Nacional,considero uma equipa bastante diferente, mais forte. Historicamente, nos últimos 20 anos estamos habituados a ver a equipa sempre a meio da tabela disputando constantemente lugares europeus, bastante combativa faz sempre do seu reduto o maior inimigo dos adversários. Lembre-se que Porto e Braga deixaram lá os três pontos na presente época.
A equipa sempre teve um bom recrutamento, especialmente nos extremos e avançados que acabam depois por vir parar a clubes de maior dimensão em Portugal. Falo de casos como Kléber, Samy, Heldon, Derley, entre outros.
Agora o que interessa, a equipa actual, esta conta com as ausências de Igor Rossi, Fransérgio e Fernando Ferreira por lesão. É uma equipa que não se retraí, joga sempre com o seu bloco a oscilar, ora desce ora sobe no terreno. Não se prende no primeiro terço e ousa sempre o ataque jogue com equipas de menor ou maior dimensão, especialmente em sua casa. Tem como esfera de interacção Danilo Pereira que faz a transição entre o ataque e a defesa, é um médio muito combativo que ocupa toda a área do centro do terreno, com qualidade técnica e um grande sentido posicional. Deverá jogar Edgar Costa, Xavier e Ebinho na frente e Theo Weeks no centro do terreno a ajudar Danilo defensivamente e também este a fazer a passagem para o ataque. É também um jogador curioso este, dotado de uma boa técnica e bastante trabalhado por Leonel Pontes, tornou-se num jogador-chave da turma insular.
Lito terá de estar atento às subidas rápidas de jogadores como Alex Soares e Edgar Costa e conter o centro do terreno, o Marítimo apesar da qualidade dos jogadores neste espaço deixa muitas vezes “despovoar-se” quando se prende no ataque. E isto vai fazê-lo constantemente.
Será um desafio quebrar a defesa insular, pois são duas equipas que encaixam bem tacticamente, será provavelmente a individualidade dos seus intervenientes que decidirão o jogo. Mais três pontos para ganhar no meio do Atlântico.
