Uma Vida Em Directo é o título do livro de memórias do jornalista Luís Costa Ribas que a Oficina do Livro coloca à venda na próxima terça-feira. Rodrigo Guedes de Carvalho apresenta os quase 40 anos de “aventuras” do correspondente da SIC, no dia 29 de maio, às 18h30, na FNAC Colombo.
Em Uma Vida em Directo, o correspondente nos EUA da SIC, partilha reflexões sobre a sua profissão e conta as histórias e episódios de vida mais marcantes da sua longa carreira de jornalista, nos quatro cantos do mundo. Começou no semanário Tempo em Abril de 1980 e nunca mais parou, tendo muito para contar sobre Angola, Moçambique, Timor-Leste, Israel, Haiti ou Venezuela. E, claro, sobre os EUA, para onde foi viver em 1984. Tendo-se cruzado com figuras que fizeram a História das últimas décadas, o que mais o marcou foram as pessoas sem nome nem rosto, quer sejam as vítimas do furacão Katrina, as crianças esfomeadas nas favelas de Lima, ou um homem numa luta desesperada por encontrar a mulher num desabamento de terras na Nicarágua.
“Aconselho a leitura desta obra porque, para lá de uma grande lição prática de geopolítica (da americana, sobretudo), é, para nós, portugueses, um manancial histórico, com muitos factos inéditos e de relevante importância para bem conhecermos os dramas militares e políticos de Angola e Timor. E é – pode e deve ser –, também, um instrumento de reflexão para nós, portugueses, pelos dramas por que historicamente temos sido responsáveis, devido ao facto de, repetida e endemicamente, quase sempre chegarmos tarde, demasiado tarde, ao futuro.”, escreve António Ramalho Eanes no prefácio desta edição.
“Em mais de 230 cidades de 50 países, experimentei aventuras que davam para sete vidas: fugi de bombas e tiroteios, voei através de um furacão, vi cidades e vidas destroçadas por terramotos, sofri com vítimas de cheias e temporais, atravessei o deserto do Sinai, tomei o pequeno-almoço com um Nobel da Paz, falei com Salman Rushdie e Sylvester Stallone, com Plácido Domingo e Whitney Houston, com Bill Clinton e Boutros-Ghali, com Jonas Savimbi e José Ramos-Horta. Não sei o que seria se não fosse jornalista. O jornalismo permitiu-me ser um aventureiro disfarçado de repórter, vivendo o que vivi, primeiro, pelo prazer de escrever e contar histórias, depois, pela aventura e, a seguir, pela urgência de chegar à essência da vida.” (Luís Costa Ribas)