HTRK
Música & Festivais | Concerto
Igreja de St. George
Recinto
Classificação Etária
Maiores de 6 anos
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Todas as Idades
Promotor
Associação Zé dos Bois
Breve Introdução
HTRK
Nascidos no fervor rock do início do século, os HTRK (lê-se “Hate Rock”) surgiam em 2003, vindos de Melbourne, Austrália, com aquela saborosa adopção da ausência de limites da no wave que muitas bandas se inspiraram na altura. Eram noise, rock, industrial, mas eram, sobretudo, uma banda desligada e despida de géneros para se ocupar da utilidade do som enquanto ferramenta de comunicação. Em 2010, o suicídio do baixista Sean Stewart deixou os dois restantes membros, Jonnine Standish e Nigel Yang, desamparados.
Desde então, têm andado a tatear o seu som. Não como um processo de descoberta, mas de cura, de como ocupar o vazio e localizar a intensidade. Naturalmente foram desacelerando, encontrando formas de construir e edificar melodias em canções onde cabem os Fleetwood Mac, Galaxie 500 e os Low de “I Could Live In Hope”. Contudo, as referências são para situar, o som actual dos HTRK não se resume a isso, em parte porque as sensações que se ouvem na voz de Jonnine são frequentemente imprevisíveis enquanto a guitarra de Nigel Yang levita pelas sombras. A evolução ao longo da última década levou-os até aí, comprovado por dois brilhantes álbuns, “Venus In Leo” (Ghostly International) e “Rhinestones” (N&J Blueberries), uma das melhores realizações em tempos recentes sobre o não saber acordar.
Chegar aqui é obra. Desde que são um duo, os HTRK foram cortando os excessos ao seu som e reduzindo a criação das suas melodias ao essencial. Ao fazê-lo, expuseram a voz de Jonnine a um reencontro com a 4AD dos 1980s, sem o supérfluo da produção, apenas a real ideia de uma constante solidão. A guitarra de Yang protege-a, nunca soando frágil ou vulnerável, apenas a algo que existe como é, soa ao que tem de soar. Ao tornarem-se progressiva e conscientemente mais despidos, os HTRK ficaram resistentes, protegidos e donos de uma sensibilidade que escasseia nos meios rock/guitarra do presente. Ouvi-los com “Rhinestones” na bagagem é um privilégio. AS
Abertura de Portas
21h30
Preços
- Geral – 13€
Sessão
23 jun 2022 22:00
Duração
6 horas