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Com a nossa história recente já aprendemos que não há impossíveis.

Com a nossa história recente já aprendemos que não há impossíveis.

Quem imaginava há 5 anos, quando até os nossos equipamentos foram penhorados antes de um jogo na Amadora, da segunda liga, frente ao Atlético Clube de Portugal, que estaríamos, em final de Setembro de 2015 a horas de um jogo, de liga Europa, com o primeiro classificado da Liga Italiana, era apelidado de insano, louco, utópico, irrealista.

Mas a verdade é que conseguimos essa proeza.
Batemos com estrondo no fundo, sofremos a bem sofrer, vimos a morte do futebol profissional azul a passar-nos bem perto, como se estivesse logo do outro lado do rio mas não nos resignámos. Soubemos ir à luta.

E fomos, entre brasas e pesadelos, subindo, outra vez, a pulso, recuperando o nome digno que outrora tivemos, começando, aos poucos, a sonhar, a acreditar.

Penso que, nesta nova fase do Belenenses, acompanha-nos a estrelinha que marcou a nossa fundação.
O Belenenses não teve infância, já nasceu grande. E é bem verdade, nascemos para vencer e mal nascemos, pouco tempo depois, já estávamos a conquistar títulos.

Acompanhou-nos a estrelinha, comparando com outros clubes que não tiveram a mesma sorte que nós: Alverca, Salgueiros, Farense, Estrela da Amadora
. Todos estes clubes estavam muito mal financeiramente e não resistiram, foram ao fundo e nunca mais de lá saíram, nós não, contornámos a situação e surgimos mais fortes. E porquê? Porque somos um grande.

Há um fosso grande entre as duas equipas no jogo de hoje, mas o futebol e o Belenenses já nos habituaram a saber qual não há impossíveis.

Antes de começar a Fase de grupos, éramos o “outsider” do grupo, hoje somos segundos classificados, em superioridade pontual em relação à Fiorentina.

Quem, antes do jogo na Polónia, dissesse que um empate seria um mau resultado, estaria a ser ilusório, irrealista e estupidamente otimista. Adjetivos que serviram aos pessimistas para me definir, porque hoje, a poucas horas do grande jogo, não me passa outra coisa na cabeça senão pontuar.

Resta-nos desfrutar desta noite, pois em 96 anos de vida, nunca chegámos a uma fase de grupos europeia.

Vamos a eles Belém! Sem medo! Nada é impossível!

Com a nossa história recente já aprendemos que não há impossíveis.Google Notícias

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