Joana Maria 
Mais uma semana, mais um episódio de “Game Of Thrones”, desta vez intitulado “The Last Of The Starks”. Relembro que a partir de agora estamos apenas a dois episódios do fim da série e isto é bastante alarmante, dado o atual estado dos acontecimentos.
Como os restantes episódios da oitava temporada até agora, começamos no Norte, em Winterfell, onde temos o desfecho do episódio da semana passada: é o adeus definitivo a várias personagens, entre as quais Jorah e Theon, que foram mortos e agora foram cremados. Depois deste momento triste, temos todos reunidos antes da partida para Sul para enfrentar mais uma batalha, desta vez contra Cersei.
A Guerra dos Tronos
É nesse ambiente de reunião que acontecem várias coisas. Para começar, Daenerys nomeia Gendry o último Baratheon, fazendo com que este deixe de ser apenas um bastardo e passe a ser um Senhor – mas isto apenas como uma tentativa de ganhar mais aliados. Na verdade, é nos momentos que se seguem que ficamos a ver o quão solitária Daenerys realmente está (apenas acompanhada de um copo do Starbucks). Por outro lado, temos Jon, capaz de agradar a todos e de criar uma grande empatia. Pelo modo como a Mãe dos Dragões olha para o seu querido sobrinho, ficamos com certezas de que a relação de ambos está a piorar cada vez mais, até porque ela só vê uma coisa à frente: o Trono de Ferro.
Ainda em Winterfell, e como consequência da grande quantidade de bebida ingerida, temos, finalmente, os frutos do clima de romance entre Jaime e Brienne, que já se prolongava há umas boas temporadas. Porém, um momento que até podia ter sido interessante, foi apenas apressado e bruto. Para piorar, numa fase mais avançada do episódio vemos apenas Jaime, que até então se tinha tentado redimir, a partir para King’s Landing, deixando Brienne em lágrimas, a pensar que este iria apenas voltar para Cersei. De facto, é isso que o Kingslayer dá a entender, mas tenho dúvidas de que seja com a intenção de voltar ao seu amor incestuoso, até porque neste mesmo episódio vimos Bronn a ameaçá-lo e também a Tyrion. Será que a profecia de Cersei vai ser cumprida e vamos ter Jaime a matá-la?
Jon Snow parece ainda não ter caído na realidade de que é o verdadeiro herdeiro do Trono, no entanto finalmente conta a Sansa e Arya que é um Targaryen. Ao mesmo tempo, temos Tyrion e Varys, de um certo modo, a conspirar contra Daenerys e a refletir que talvez Jon fosse capaz de ser um rei melhor.
Daenerys partiu para Sul para enfrentar aquela que ocupa o seu lugar no Trono de Ferro e com ela levou os dois dragões e a grande frota de Imaculados e de sobreviventes da Grande Noite. No entanto, é logo à chegada que o ridículo começa a acontecer. Vemos Daenerys a voar com os seus dragões e de repente está a grande frota de Euron a atacar… E lá se vai um dragão: Rhaegal é imediatamente atingido com três grandes flechas, disparadas por Euron com a Dragon Killer (a Scorpion). Para além disso, durante este mesmo ataque Missandei é capturada e, no final do episódio, decapitada, o que leva Daenerys a reagir com bastante ódio e a dar-nos a ideia de que no próximo capítulo vai matar toda a gente apenas com intuito de chegar a Cersei – será que vamos ver Daenerys a transformar-se na Mad Queen?
O episódio pareceu todo ele demasiado apressado e apresentou-nos várias personagens a tomar decisões sem sentido (especialmente Daenerys). Curiosamente, neste momento é o episódio de “Game Of Thrones” com a pior classificação, o que é bastante problemático tendo em conta as elevadas expectativas que os fãs tinham para esta temporada final.
Na próxima semana, à partida teremos mais uma guerra e dado o passado da série já sabemos que será um episódio com maior importância – pois o habitual é termos penúltimos episódios com acontecimentos importantes. Acredito que será o fim de muitas personagens, mas espero que se torne mais coerente e menos apressado do que os episódios anteriores.
