O Vitória apresentou aos sócios o plantel para a época 2014/15, mas a noite só foi de alegria para os seus adeptos entre as 20 e as 21 horas, enquanto os novos craques foram anunciados individualmente. Depois, quando a bola começou a rolar, os azuis tomaram conta da festa. Belenenses foi sempre mais equipa e justificou o triunfo por 2-0, com os golos a surgirem na 1. parte.
A equipa de Lito Vidigal ainda não tinha ganho esta época (dois empates e duas derrotas) mas ontem no Bonfim mostrou-se bem mais entrosada e objetiva, enfim mais esclarecida. O primeiro golo apareceu logo ao minuto 2 num bom movimento de Abel Camará. Ainda fora da área o atacante ajeitou para dentro e disparou forte, um remate ao qual o gigante alemão Raeder não chegou a tempo (pareceu surpreendido).
O golo tão cedo pode servir de desculpa para os adeptos do Vitória. A equipa terá acusado a desvantagem e nunca se encontrou. Embora o jogo pudesse ter sido diferente se o reformado João Ferreira (antigo árbitro internacional) tivesse considerado penálti de André Teixeira sobre Miguel Pedro, aos 10. Pareceu falta mas o juiz não considerou e o Belém continuou confortavelmente, a partir de então, a gerir a vantagem.
Os azuis foram sempre mais perigosos e Matt Jones não fez uma unica defesa na 1.ª parte. O guardião inglês só se assustou num cabeceamento de Forbes, muito perto do poste, aos 17′. Com saídas bem ornizadas para o ataque a equipa de Lito Vidigal quase ampliou quando Sturgeon obrigou Raeder a defender com a perna (43′). E antes do intervalo, o 0-2, no melhor momento da noite: Camará, no lado direito da área, centrou atrasado e Deyverson disparou de primeira para um bom golo.
Confusão. Intervalo e empurrões no relvado, aparentemente por Dani ter acertado em Deyverson. No entanto, o que parecia uma cena de jogo sul-americano, rapidamente acalmou depois de afastados os protagonistas.
Domingos fez sete alterações para a 2.ª parte, mas o Vitória não mudou muito, pelo menos em termos coletivos. Isto porque individualmente dois dos novos tentaram mostrar-se, embora nem sempre da melhor forma. O peruano Ponce teve lances ir interessantes, faltou-lhe não demorar tanto a soltar a bola. Já o grego Pelkas tentou a sorte nos remates, invariavelmente longe do alvo.
O momento de maior aflição acabou por se verificar aos 69″ quando Miguel Rosa chocou com Fábio Pala, deixando o sadino inanimado, obrigando Venâncio, que fora substituído, a voltar para o relvado.