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Far Cry 5 – Análise

Far Cry 5 – Análise

Será que o Far Cry 5 conseguiu fugir à onda de críticas que esta série tem sofrido nos últimos lançamentos, ou será que nos deu mais do mesmo? Vamos ficar a saber nesta review de um dos jogos mais esperados do ano, fiquem connosco!

A Ubisoft tem estado a fazer um trabalho excelente no que se trata de melhorar os seus títulos mais conhecidos, como foi o caso do Assassins Creed que veio dar um ar fresco à franquia com o Assassins Creed Origins. Agora com o Far Cry 5 tenta também algo um pouco diferente do que nos tem habituado. Principalmente depois de um pouco conseguido Far Cry Primal, e do Far Cry 4, que eu até gostei mas senti claramente que era um mod em cima do Far Cry 3 e não trouxe nada de claramente novo ou diferente para a mesa. Sentes mais isto se por acaso jogares o 3 e o 4 de seguida, em que chegas a um ponto de saturação, porque não muda assim tanto.  

A nível gráfico, este jogo está bastante bom, com um open world cheio de detalhe como já vinha a ser hábito na série, com alturas que realmente parece que estamos a jogar um jogo next gen, mas com outras que ainda se nota as limitações do estilo Far Cry 4. É um pouco difícil explicar, mas com um pouco de gameplay nota-se perfeitamente o que estou a dizer. No entanto, sem dúvida alguma, este open world é excelente para explorar e às vezes damos connosco apenas parados a olhar para o cenário e a pensar que a vida é bela. Os detalhes da água e fogo estão excelentes, está muito bem optimizado, não tendo experienciado nenhuma quebra de frames, o jogo tá fluido, o som dá-te o ambiente necessário para te fazer sentir parte da narrativa… no fundo está mesmo um jogo feito para a geração actual.

Nos jogos anteriores, para aumentar o mapa e descobrir novas coisas, tinhas de subir a torres e aí sim abria o mapa… neste, tu próprio passas pelos locais a descobrir, ou então algum NPC vai-te dar as indicações. Aliás, logo no início, o jogador é avisado… na última missão do primeiro segmento de jogo, tens de subir uma torre para ligar o rádio e assim receber algumas informações vindas do pessoal da revolução, grupo que se está a formar para derrubar o inimigo.Mal chegas ao topo da torre és então avisado por rádio, para não te preocupares que não vais ter de repetir aquilo muitas vezes.

Este jogo passa-se na América e se tiveres dúvidas em alguma parte do jogo, facilmente te lembras porque eles fazem questão de te apresentar bandeiras americanas por tudo o que é sítio… até na própria vestimenta da personagem: tens uma opção de um Top com a bandeira da America… logo aqui há uma diferença no que toca a geografia do jogo. Aqui exploramos mesmo a América Rural, estamos no meio de um culto Religioso com uma possível influência do Templo dos Povos, aquele famoso culto que acabou com o suicídio de mais de 900 pessoas em 1978. Mas neste caso o Líder é Joseph Seeds um Cristão que liderava o culto juntamente com os irmãos.

Tal como nos anteriores, o jogo começa com uma fuga e dá para entender logo o extremismo do culto. Ficamos agarrados à energia do enredo! Depois da fuga, reparamos que o mapa parece mais pequeno que o dos anteriores, mas rapidamente vais entender que este jogo tem muito, mas mesmo muito para oferecer…

Se queres uma dica, vai fazendo bastante side quests, porque estas fazem com que juntes dinheiro para comprar armas melhores entre outras coisas.

Depois de um capítulo inicial em que estamos numa ilha pequena, desbloqueamos uma área bem maior, dividida pelas regiões dominadas pelos irmãos de Joseph, o Padre. Os seus irmãos John, Faith e Jacob são bastantes diferentes entre eles, e notas bastante as diferenças de cada um através dos territórios dominados por eles. Este é um dos melhores pontos do jogo, tudo muda dependendo do território onde estás e cada um tem os seus segredos. Joseph pode ser o principal, mas cada um dos irmãos tem o seu carisma e os full motion videos apresentados durante o jogo por eles fazem com que te prendam. Neste ponto, a meu ver, os personagens estão extremamente bem conseguidos, transmitindo bastante bem a tensão do jogo.

Apesar do excelente fps que este jogo é, o forte é mesmo a história, fazendo com que esta família te faça perder um pouco a cabeça. Este jogo não é de fácil digestão acabando por ser, em alguns momentos, bastante violento, e podendo afastar os mais sensíveis. Todas as cenas em que aparece algum dos vilões principais são fortes, com uma agressividade excessiva em todos os sentidos, mas, a meu ver, é o que dá um ambiente único a este jogo e faz com que queiras mais e mais.

Não és obrigado a te concentrares apenas num irmão, podes ir saltando de uma região para outra… a escolha é tua! Apesar de no 4 também termos um open world, as missões principais eram seguidas, aqui podes variar isso, sendo uma das diferenças para os anteriores. Portanto, podendo escolher, isto faz com que fiques entretido no jogo por mais tempo.

Obviamente que neste jogo, sendo um open world, tem uma série de actividades que vais acabar por fazer bastantes vezes para ires avançando no jogo, mas a possibilidade de as podermos escolher, faz com que não te aborreça tanto como acontecia no 4.

Por exemplo, existem vários pontos no mapa que tens de conquistar para ter mais sítios onde comprar armas, e também para eliminar o culto da terra. Outra coisa é apanhar carrinhas do culto, eliminar os inimigos para ir buscar Loot do bom, e podes também salvar pessoas e usá-las para te ajudar em missões como teus aliados. Em algumas missões acabas por beneficiar bastante deles.

Tens muito para fazer neste jogo… com todas as vantagens que o jogo oferece, ficas com a certeza que este é um novo jogo, e ao mesmo tempo notas perfeitamente que é um Far Cry. Uma das coisas que aproveitaram do Primal foram os animais que podes usar como aliados também. Além de atacar, os animais também te avisam onde os inimigos se encontram e, em muitas partes deste jogo, tens de usar o stealth em vez de soltares o John Rambo que existe em ti.

 

E o que era um Far Cry sem uma boa moto 4 ou um bom todo o terreno? Pois neste jogo viaturas é o que não falta, para todos os gostos e feitios! E como neste jogo o terreno é menos íngreme que os anteriores, vais divertir-te nas estradas do jogo. Também vais poder usar um Wingsuit que te faz voar, e isto realmente está espetacular… há até uma missão em que vais perseguir um helicóptero que é simplesmente brilhante!!!

Obviamente que este jogo não consegue ter a pressão que teria se não fosse open world, mas a história é suficientemente forte para te prender. Podes simplesmente fazer side missions e ires mergulhando na história de tempo a tempo. Como tens bastante liberdade, vais contando a história ao teu ritmo. Ou seja, este jogo dá-te liberdade para jogares como quiseres!!!  A jogar numa boa, estamos a falar de perto de 50 horas de jogo e, se explorares a fundo, poderá aumentar para umas 70. Mas mesmo com as 50 horas acabas por te sentir sempre entretido pela maneira como o jogo se desenrola.     

Em relação aos modos multiplayer, o Far Cry 5 oferece algo diferente também.

Ao entrar no modo Far Cry Arcade, podes construir as tuas próprias missões, podes jogá-las com os teus amigos e isto é bastante divertido! O editor permite bastantes coisas… só não é de todo intuitivo, sendo esta uma das coisas certamente a melhorar num próximo. Ah e tens também já mapas pré-feitos que podes ir buscar.

Resumindo e baralhando, Far Cry 5 é um excelente open world shooter, com uma história muito forte e umas personagens credíveis e interessantes. Sente-se em algumas partes que o motor de Far Cry já está nas últimas… mas eles fizeram com a história, os full motions vídeos e todas as novidades com que isso não se notasse e portanto, não interfere no jogo.

Qualquer fã do Far Cry vai gostar do jogo. Precisa apenas de trabalhar melhor as missões e tentar que não sejam tão repetitivas. Se não fosse isto, a experiência seria ainda melhor! Porém, penso que esteja à altura do hype e considero um dos melhores Far Cry que já saíram.

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