Guilherme Teixeira 
Chris Cornell, um dos porta-vozes da cena Grunge de Seattle e dos músicos mais carismáticos do Rock, faleceu nesta quarta-feira à noite de forma “repentina e inesperada”, segundo informações transmitidas pelo seu agente Brian Bumbery à Associated Press (AP).
O vocalista de 52 anos tinha actuado com os Soundgarden poucas horas antes da sua morte no Fox Theatre em Detroit, e nada aparentava o desfecho trágico.
A família pediu privacidade, enquanto tentam obter as razões do óbito com a medicina legal.
Chris Cornell, dono de uma voz poderosa e inconfundível, foi vocalista em bandas como os Soundgarden, Audioslave ou Temple of the Dog, e ainda aventurou-se numa carreira a solo que lhe valeu a possibilidade de fazer uma música para o genérico de “Casino Royale”.
A fase mais bem sucedida na sua carreira aconteceu nos anos 90, época em que se revelou como um dos rostos (e vozes) do Grunge, ao lado de nomes como Kurt Cobain, Eddie Vedder e Layne Staley. Foi nos Soundgarden que se deu a conhecer ao mundo, e com os quais lanççou músicas como “Black Hole Sun” ou “Spoonman”.
No entanto, os Soundgarden iriam desmantelar-se em 1997, e após isso, Chris Cornell decidiu perseguir inicialmente uma carreira a solo, tendo lançado o seu primeiro álbum “Euphoria Morning” em 1999.
Em 2001, decidiu juntar-se aos antigos elementos dos Rage Against the Machine (Tom Morello, Tim Commerford e Brad Wilk) e assim formar os Audioslave. Dessa fase, destacam-se registos como “Like a Stone” ou “Show me How to Live”.
Todas as carreias tem momentos menos marcantes, e em 2009, Chris Cornell lançou o álbum “Scream” com a produção a cargo de Timbaland, e foi muito mal recebido tanto pelos fãs como pela crítica.
E em 2010, Cornell regressa com os Soundgarden, e desde então vinha a trabalhar com a sua banda tanto ao vivo como na gravação de novas músicas e álbuns (“King Animal” em 2012).
