Crítica: “O Grande Showman” (The Greatest Showman)

“O Grande Showman” é um filme realizado por Michael Gracey que traz Hugh Jackman de volta aos musicais depois de este ter sido nomeado para o Oscar de Melhor Ator pela sua prestação em “Os Miseráveis” (2012).

Baseado numa história verídica, o filme apresenta-nos P. T. Barnum, um homem com uma grande imaginação que criou um grande circo, levando ao surgimento do show business na América.

Este filme leva-nos para o mundo “mágico” de Barnum a partir do primeiro segundo, lembrando desde logo que estamos a ver um musical. Temos músicas incríveis do início ao fim e, por isso, o filme dá-se todo num ritmo acelerado e frenético. Na verdade, um dos pontos positivos deste filme são precisamente as músicas bastante bem compostas e as coreografias delicadas que as acompanham.

Apesar de contar uma história que já aconteceu há algum tempo, este filme pode mostrar também uma realidade atual. Todas as personagens presentes são diferentes e estão a lutar para serem aceites pelas massas. Usando uma das frases do filme, este mostra uma verdadeira “celebração da Humanidade” e realça que ser diferente não é mau.

Outro dos destaques do filme são as interpretações dos atores e a química que existe entre todos eles. Sentimos que Hugh Jackman é o centro das atenções, mas também Zac Efron (que interpreta um jovem da alta sociedade) e Zendaya (uma trapezista africana que é alvo de racismo) são capazes de se fazer marcar neste filme – especialmente durante a coreografia da música “Rewrite the Stars”. Por sua vez, Michelle Williams, mesmo estando muito bem, aparece pouco e a personagem dela por vezes cai um pouco no esquecimento – o que é uma pena, visto que é a esposa do protagonista.

Mesmo não sendo um filme perfeito, “O Grande Showman” é um excelente musical, com grandes prestações por parte dos atores e com cenários magníficos. No final, é um filme que sabe entreter o público, tal como os espetáculos de Barnum.