First Kill – Caça ao Homem , filme de ação e suspense com Bruce Willis num dos papéis principais, como chefe da polícia local, conta-nos a história de um pai (Hayden Christensen) que, após saber que o seu filho (Ty Shelton) vem sofrendo bullying na escola, planeia uma viagem de caça, em família, à terra onde foi criado.
Obrigado a tomar medidas extremas para defender o seu filho Danny, na primeira expedição de caça, e até para o resgatar após ter sido raptado por um assaltante do banco local, Will terá que lidar com a polícia local e gerir delicadamente o conflito e a colaboração com os adversários, que nem sempre são o que parecem.
Com uma história interessante e no geral bem conseguido, mas por vezes com um ritmo um tanto ou quanto lento, dá a sensação de se tornar um pouco forçado em certas cenas, que resultam menos verosímeis do que seria desejado.
Curioso que:
- Para ajudar uma criança que sofre bullying na escola, o pai decida levá-lo numa viagem de caça, potencialmente traumática para qualquer pessoa, ainda que enrijecedora de caráter… O facto do pai ter crescido no local, ter perdido os pais cedo e recordar com nostalgia expedições do género que fazia com o seu pai, torna-o mais credível, mas continua a ser uma opção assaz estranha.
- O protagonista, corretor de sucesso, que no dia-a-dia na cidade não tinha tempo nem para ir buscar o filho à escola após um episódio crítico, não hesitasse, depois de sair em viagem e de ver o seu filho raptado, em cometer qualquer ação por mais ilícita ou criminal que fosse, para o recuperar, assumindo uma dimensão mais espontânea e emocional, face à atitude racional demonstrada no início do filme.
Pontos positivos: ver o Bruce Willis no papel de o vilão, o que é, a meu ver, uma inovação interessante.
Nota positiva para a atuação de Ty Shelton, no papel de filho, sempre consistente, e também para o do raptor Levi (Gethin Anthony), que tinha também um motivo altruísta para se ter envolvido no roubo e cuja relação de proximidade com Danny, através do interesse comum em videojogos resulta bastante bem e nos leva a simpatizar com o mesmo e a torcer pela sua vitória.
Ponto negativo: o desempenho de Bruce Willis que surge forçado e ensaiado e me fez recordar com saudosismo a vivacidade e a naturalidade de Die Hard (Assalto ao Arranha-Céus).
Filme de acção e suspense, que, apesar de poder beneficiar de um pouco mais de ritmo, e de menor previsibilidade, se revela, ainda assim, uma aposta interessante para 97 minutos de bom entretenimento.
Veja e diga-nos o que achou!